A Orbe Coworking abre hoje as suas portas, no Edifício Pernambuco, na Avenida Dantas Barreto, no Centro da Cidade. O espaço de 300 m², no 8º andar, sem parede e de luz e ventilação naturais, vai funcionar como um local de compartilhamento de ambiente e recursos de escritório para quem precisa de um lugar para trabalhar, realizar reuniões, encontros informais e pequenos eventos.
Comandanda pelos designers pernambucanos Guilherme Luigi e Ticiano Arraes, a Orbe vai integrar um prédio que, ancorado em negócios de base criativa, é hoje uma das referências do processo de revitalização da parte histórica do Recife. O Edf. Pernambuco abriga, em outros andares, fotógrafos, cineastas, artistas plásticos e estilistas, num grande jogo de integração.
Grande parte do investimento de R$ 80 mil, de recursos próprios da dupla, foi utilizada para tocar o projeto arquitetônico, que dialoga com a estética antiga dos arredores e com o prédio da década de 1960. As únicas três paredes do espaço, que separam a área de trabalho da recepção, são de cobogó. As texturas, as redes, a iluminação suspensa e as caixas de feira para acomodar livros na biblioteca colaborativa casam com a identidade local e brasileira.
A ideia surgiu como necessidade individual dos empresários e de grupos de amigos que há tempos trabalhavam em esquema de home office, inclusive em projetos comuns. “O coworking é uma alternativa ao alto custo para investir num escritório próprio, com todas as despesas fixas. A questão da flexibilidade e da utilização do espaço por projeto repercute diretamente no bolso”, diz Ticiano.
A Orbe também tem sala de reunião climatizada, bicicletário, fumódromo, armários, copa equipada e áreas de descanso. O ambiente, incluindo os banheiros, é totalmente acessível a pessoas com deficiência. O entorno traz facilidades como serviços bancários, Correios, cartórios, pontos de ônibus, metrô, lanchonetes e restaurantes, além de de um ponto de bikes do Itaú.
O preço dos pacotes varia: vai de R$ 40, que dão direito ao uso do espaço por oito horas, até R$ 670, para uso ilimitado. A distribuição do tempo fica por conta de cada interessado, que tem um mês para utilizar as horas da maneira que desejar. O café e a vista estão inclusos. Os empresários e idealizadores da Orbe acreditam que o plano de 80h (R$ 370), que também dá direito a 3h na sala de reunião, será o mais demandado.
Na avaliação de Guilherme e Ticiano, a utilização do espaço envolve também o investimento nos relacionamentos, no processo de sair de casa, de trocar conhecimento e experiências. “São pontos que empolgam”, enfatizam. Os dois vinham trabalhando no projeto há um ano e passaram os últimos dois meses em fase de testes e experimentação.
A ideia é utilizar o ambiente à noite e nos fins de semana para promover encontros, pequenos eventos, oficinas, workshops, lançamentos, bate-papos e exposições, envolvendo tanto clientes quanto gente de fora. Às sextas, o horário das 19h às 20h está reservado para happy hours. A ideia é fazer eventos relâmpagos, com convidados, para quem não quer enfrentar o trânsito depois do expediente ou deseja se juntar para dar uma esticada na noite pelo Centro.
