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Ser Educacional lança prospecto preliminar para entrar em Bolsa

Abertura de capital da companhia pernambucana vem em momento de baixa da Bolsa, mas de alta para o setor de educação

Leonardo Spinelli
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Leonardo Spinelli
Publicado em 28/08/2013 às 6:40
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O Grupo Ser Educacional, de propriedade do empresário pernambucano Janguiê Diniz e controlador de uma rede de faculdades, incluindo o Centro Universitário Uninassau, publicou, ontem, o prospecto preliminar de oferta pública de ações ordinárias. Trata-se do primeiro passo para consolidar a oferta inicial pública de ações (IPO, em inglês). A abertura de capital da companhia vem num momento de baixa da Bolsa, mas de alta para o setor de educação.

 Empresas abertas, como Kroton e Abril Educação apresentam bons resultados, além de investirem em crescimento. A compra do colégio Motivo pela Abril em julho é uma amostra do interesse do setor no Nordeste, região que é estratégica dentro política de crescimento do Grupo Ser Educacional. Janguiê Diniz foi procurado, mas sua assessoria disse que ele está impedido de dar informações, por causa das regras de silêncio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com o prospecto, o interesse da companhia pernambucana é fazer oferta primária de ações, quando os recursos captados vão para o caixa da empresa e também secundário, com os controladores vendendo parte de sua participação no capital da companhia. Atualmente, Diniz possui 87% do controle acionário do Ser Educacional, em parceria com o reitor da Uninassau Janyo Diniz (1%) e com a Poah One Paticipações (11,3%). 

Em 2012, a companhia apresentou uma receita líquida de R$ 283,2 milhões, num crescimento de 54% em relação ao ano anterior, lucro líquido de R$ 64,2 milhões (103% superior a 2011) e dívida líquida de R$ 46 milhões, no curto e longo prazo. Em 2013, o número de vagas oferecidas passou para mais de 72 mil em 79 cursos de graduação.

Com a abertura de capital, a empresa pretende fazer novas aquisições e acelerar seu processo de crescimento orgânico. Tenta chegar a 241 mil vagas abertas em quatro anos e pretende abrir mais 35 cursos a partir do ano que vem, além de outros a serem analisados, dentro da lógica da rentabilidade dos cursos e da demanda de cada região.

 Credenciamento de novas faculdades e investimentos nas já existentes, assim como abertura de novos centros universitários, que dão mais autonomia para lançamentos de cursos, estão entre as propostas. O grupo pretende aumentar também a oferta de cursos técnicos e de pós-graduação e fortalecer suas campanhas de marketing. Além disso, quer oferecer, já em 2014, 20 mil vagas anuais de graduação e pós-graduação no segmento de educação a distância.

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