Turismo

Execução de obras do Cecon-PE é adiada

Falta de interesse privado e frustração de repasse de recursos federais forçaram Estado a fazer rearranjo

Raissa Ebrahim
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Raissa Ebrahim
Publicado em 16/01/2014 às 0:45
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As obras de ampliação e requalificação do Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), em Olinda, devem ficar para 2015. É que o governo do Estado, através da Secretaria de Turismo (Setur-PE), precisou fazer um rearranjo nos planos devido a uma mudança de cenário desde o anúncio do projeto arquitetônico, em 2012, a um custo de R$ 3,7 milhões. 

A ideia inicial era que os projetos complementares (estrutural, elétrico e hidráulico), calculados em R$ 6 milhões, fossem realizados pela iniciativa privada, mas, devido ao esfriamento do mercado no ano passado, sobretudo pela conjuntura macroeconômica, não houve interessados. 

A Setur-PE contava ainda com a ajuda da União, que também não veio. Além disso, o pacote prometido pelo Ministério do Turismo para centros de convenções em todo o País trouxe outro banho de água fria, foi considerado pequeno para o projeto do Cecon-PE, orçado em R$ 1 bilhão.

Agora os projetos complementares terão que ser bancados pelo Estado. O prazo para execução é de nove meses, ou seja, só devem ficar prontos no final deste ano. Não fosse pela série de fatores negativos, os projetos já estariam prontos e as obras, em andamento. 

Segundo o deputado federal Alberto Feitosa, que deixou a pasta recentemente, a nova ideia é captar, ainda em 2014, os recursos para execução das obras através de empréstimos internacionais – essa tem sido a tônica da pasta quando o assunto é financiamento. A Setur-PE possui um pacote de contrato de US$ 125 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), no prazo entre 2010 e 2015.

A mudança de cronograma também pode deixar o Mirabilândia por mais tempo na área. Teoricamente, o prazo para saída do parque terminaria dia 27. Mas, segundo o atual secretário, Adailton Feitosa, não faz sentido perder a atração em ano de Copa se as obras não terão início agora. Caso o Mirabilândia cumpra todos os acordos previstos e houver respaldo judicial, fica por mais seis meses. O encontro para bater o martelo está marcado para dia 21. Em caso positivo, o parque, do Grupo Peixoto, também ganha tempo para acertar as licenças de seu novo espaço, em Paulista. 

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