Os pernambucanos contrataram pelo menos R$ 1,99 bilhão em crédito imobiliário em 2013, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O volume é 20% maior do que o movimentado em 2012, porém esse avanço é menor do que o registrado em nível nacional, que foi de 32%.
Os números da Abecip se referem somente aos financiamentos com recursos das cadernetas de poupança - a modalidade mais comum no País. Em todo o Brasil, os empréstimos somaram R$ 109,2 bilhões. Com o desempenho de 2013, a participação das transações pernambucanas no total nacional ficou em 1,82%, abaixo do 1,99% de 2012.
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Eduardo Moura, diz que a entidade precisa analisar com mais atenção as informações apuradas pela Abecip para avaliar os resultados do Estado.
No entanto, ele pontua que 2013 foi um ano em que o segmento teve barreiras burocráticas importantes junto a órgãos públicos municipais para liberação de projetos, o que pode ser um dos motivos do avanço mais contido. “Foi positivo, mas poderia ter sido melhor. No entanto, nossa perfomance em relação ao País certamente deve melhorar no exercício de 2014”, comenta.
Na apresentação dos números, a Abecip foi otimista. Lembrou que a previsão inicial de crescimento para 2013 ficava entre 15% e 20% . Embora a expansão de 32% tenha superado as expectativas, a associação preferiu se manter conservadora e prevê que 2014 terá incremento de 15%.
No material distribuído à imprensa, a Abecip pontuou ainda que há margem de ampliação da concessão de empréstimos para aquisição e construção de moradias. Atualmente o crédito imobiliário representa 8,1% do PIB no Brasil, enquanto em outros países essa presença é bem mais alta, como Canadá (63,9%) e Alemanha (44,8%). Em Pernambuco, esse percentual é de 1,42%, com base nos números de 2012.