O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) quer ampliar sua atuação na área comercial. Nos próximos 4 anos, a previsão é que o setor salte de uma participação atual pouco superior a 10% para 30% das contratações da instituição. Na prática, além de financiar a implantação e expansão das empresas, o BNB quer ser mais atuante no dia-a-dia das corporações, ofertando crédito de curto prazo.
A estratégia de avançar na área comercial foi um dos temas da primeira agenda oficial do novo presidente do BNB, Nelson Antônio de Souza, ontem em Pernambuco. A programação começou com um encontro com 100 empresários do Estado, no JCPM Trade Center, no m seguida, o executivo se encontrou com o governador João Lyra Neto e visitou a obra da montadora da Fiat, em Goiana.
“Não vamos esquecer nosso papel, que é atuar como um banco de desenvolvimento, mas vamos nos aproximar do cotidiano das empresas. Em 2013, as contratações do banco chegaram a R$ 23 bilhões. Desse total, R$ 2 bilhões foram destinados à área comercial. Para este anos, nossa meta é contratar R$ 30 bilhões e emprestar R$ 5 bilhões para a área comercial (mais que o dobro do ano anterior)”, calcula Souza.
A expansão acelerada no número de agências também encampa o investimento na área comercial. Em junho de 2012 o BNB contava com 186 unidades. Atualmente são 273 e a meta é encerrar 2014 com 308 agências. O crédito comercial do BNB oferece desconto de duplicatas e cheques pré-datados (antecipação dos recebimentos sobre as vendas realizadas com cheques pré-datados e títulos) e, no caso das micro e pequenas empresas, o banco oferta a antecipação de valores a receber.
Levantamento realizado pelo BNB aponta que a instituição responde por 60% dos financiamentos de longo prazo na sua região de atuação (Nordeste e norte do Espírito Santo e de Minas Gerais) e por 50,7% nas operações de crédito rural).
Empresários de vários setores, além de secretários de Estado e presidentes de instituições empresariais participaram do encontro promovido pelo BNB. O vice-presidente do Grupo JCPM, Jaime Queiroz, destacou a importância de ouvir os empresários. “O encontro permitiu uma conversa franca do os empresários, que puderam apresentar seus questionamentos e suas sugestões”, avaliou.
