LUTO

Os laços de Antonio Ermírio de Moraes com Pernambuco

Grupo já foi dono de usinas locais e tem uma fábrica de cimento em Paulista

Do JC Online
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Publicado em 26/08/2014 às 9:00
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Os laços de Antônio Ermírio de Moraes com Pernambuco vinham do seu pai, o ex-senador José Ermírio de Moraes, pernambucano da Mata Norte. A família foi dona das usinas São José e Tiúma, ambas vendidas há mais de duas décadas ao Grupo Petribú. Localizada em São Lourenço da Mata, a Usina Tiúma foi desativada antes mesmo de ser vendida. Localizada em Igarassu, a São José hoje pertence ao Grupo Petribú Cavalcanti e é uma das principais usinas da Mata Norte.
Em Pernambuco, o Grupo Votorantim tem atualmente um empresarial no Bairro do Recife e a fábrica do cimento Poty, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, a primeira fábrica de cimento implantada pelo grupo. “Essa fábrica passou uma época produzindo pozolana, uma matéria-prima usada para fazer cimento. Depois voltou a fazer cimento”, conta Eduardo Maciel que trabalhou no grupo por 37 anos.
“Era uma fábrica de cimento em quase todos os Estados do Nordeste”, lembra Maciel. Ainda na região, o grupo atuou também no ramo de tecidos e mineração. “Convivi com o pai dele, José Ermírio de Moraes, que fundou a Associação Brasileira de Cal. Eles também tinham uma fábrica de cerâmica, que hoje já não existe mais”, conta o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger. Sobre o falecimento do empresário, Essinger argumenta que “a perda grande ocorreu antes da morte, quando ele se afastou das empresas por problemas de saúde. Ele nunca fez nada que denegrisse a sua imagem”.
Ontem, a filha do empresário, Regina Moraes, disse que o legado deixado por ele é de muita humildade e que seus valores e princípios são eternos. “Meu pai sempre falava que o que a mão direita dá, a esquerda não precisa saber. Muitas das pessoas que ele ajudou eu só vim a saber por meio do livro do (José)Pastore”. O livro citado é a biografia do empresário. E conclui: “A grande lição que ele deixa é a generosidade. Ele dizia que, para um homem rico era muito fácil assinar um cheque e doar, mas ele queria vir no Hospital da Beneficência Portuguesa (de São Paulo) para ajudar na administração”.

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