A Região Metropolitana do Recife (RMR) registrou a segunda maior taxa de desemprego entre os locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mês de agosto. Com taxa de desocupação de 7,1%, o resultado da RMR só foi melhor do que o da RM de Salvador, que fechou em 9,3%. O desempenho também foi pior do que o apresentado em julho desse ano (6,6%) e na comparação com agosto de 2013 (6,2%). A RMR andou na contramão da tendência nacional. A taxa média entre as seis RMRs pesquisadas no Brasil caiu de 5,3% para 5,0% na comparação entre agosto de 2013 e de 2014.
“O mercado de trabalho começa a dar sinais de esgotamento, com alguns setores apresentando redução, a exemplo da construção civil”, explica o economista e sócio-diretor da Ceplan, Jorge Jabotá. Em Pernambuco, a desmobilização das obras da Refinaria Abreu e Lima, que entra em operação em novembro próximo, está fazendo minguar as estatísticas. No início do ano, a construção do empreendimento contava com cerca de 40 mil operários e atualmente esse número foi reduzido para 32 mil.
Apesar do crescimento na taxa de desemprego, a pesquisa do IBGE divulgada ontem, também sinaliza indicadores positivos. Uma das boas notícias é que o rendimento médio do trabalhador com carteira assinada do Grande Recife aumentou, passando de R$ 1.306,32 (agosto de 2013) para R$ 1.381,10 no mesmo mês desse ano. A tendência se repetiu entre os empregados com carteira assinada, com o valor saindo de R$ 842,87 para R$ 912,70.
Uma outra preocupação dos estudiosos do mercado de trabalho no Brasil era com a diminuição da oferta de pessoal, em função do menor número de pessoas entrando no mercado, mas isso não se confirmou na pesquisa de agosto. Na RMR, a população economicamente ativa cresceu de 1,6 milhão para 1,7 milhão no período analisado.
Veja a pesquisa completa do IBGE: