Indústria

Cenário da indústria ainda é negativo, diz analista

Boas notícias do mês foram a estabilidade na produção industrial e dos estoques.

Giovanna Torreão
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Publicado em 23/10/2014 às 12:51
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Boas notícias do mês foram a estabilidade na produção industrial e dos estoques. - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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Apesar da ligeira melhora dos indicadores industriais em setembro, de acordo com sondagem divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o cenário de futuro para o setor ainda é pessimista, avaliou nesta quinta-feira, 23, o gerente executivo de Política Econômica da entidade, Flávio Castelo Branco.

"Houve alguma melhora na situação atual, mas isso não se reflete nas expectativas e o cenário à frente ainda é negativo para indústria. A queda de produção foi de certo modo interrompida, mas as expectativas continuam negativas ou menos favoráveis do que estavam no último levantamento", comentou. "Esse resultado precisa se repetir nos próximos meses para se configurar uma nova tendência", completou. 

Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, as boas notícias do mês foram a estabilidade na produção industrial e dos estoques. "A produção ficou estável, interrompendo uma sequência de queda que vinha desde novembro do ano passado, mas ainda não se trata de uma reversão de tendência, porque não houve crescimento no mês", acrescentou. 

Por outro lado, afirmou o economista, a queda persistente do emprego na indústria ainda é preocupante, bem como o acesso ao crédito para o setor. "A tendência é de piora e mais dificuldade de se conseguir financiamentos", completou Azevedo. De acordo com ele, o preço dos insumos também é um fator que tem pressionado financeiramente as empresas. 

Para Castelo Branco, as empresas vêm sofrendo um cúmulo de dificuldades que influenciam sua competitividade, prejudicando ainda mais o desempenho do setor este ano. "Em 2014 o ritmo menor de evolução da demanda global piorou o cenário para indústria brasileira. E as incertezas decorrentes do processo eleitoral adiaram decisões de investimentos", concluiu.

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