“Descobrimos que, se nada for feito, em 2030, os gastos com energia vão subir 80%.” A afirmação do gerente de mudanças climáticas do Iclei (sigla em inglês para Governos Locais pela Sustentabilidade, organismo vinculado à ONU Habitat), Igor Albuquerque, refere-se à análise de um projeto que estuda as mudanças climáticas no Recife. Na manhã de ontem, o workshop Construindo uma Visão de Baixo Carbono para o Recife foi apresentado no Forte das Cinco Pontas, no Centro da capital.
No encontro, foi apresentada a projeção das emissões de gases do efeito estufa decorrentes do consumo de energia elétrica, da geração de resíduos sólidos e do aumento da frota de veículos. Em 2030, o consumo de energia poderá aumentar 63,5% e a despesa, 126,7%.
O relatório foi realizado pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, e aponta os efeitos do impacto da adoção de uma política de baixo carbono nas áreas de transporte, eficiência energética e construção civil. “Não podemos parar de produzir economicamente, afinal, haverá um impacto negativo na cidade. Mas, a longo prazo, teremos de arcar com as consequências de uma emissão desenfreada de carbono. Então, a ideia é gerar riqueza propondo a mínima emissão possível”, diz Albuquerque.