Refinaria Abreu e Lima

Após negociação, Petrobras deposita R$ 7,7 milhões para pagar salários atrasados

Funcionários terceirizados realizaram uma manifestação na PE-60, na manhã desta quinta-feira (20), para cobrar o pagamento de salários, benefícios e direitos trabalhistas

Do JC Online
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Publicado em 20/11/2014 às 14:27
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Após negociar com trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, que realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (20), a Petrobras depositou R$ 7,7 milhões na Justiça. O dinheiro é um paliativo para trabalhadores que estão sem receber desde o mês passado. A manifestação reuniu terceirizados da refinaria na PE-60, em Ipojuca, município da Região Metropolitana do Recife. Durante quase sete horas, o grupo protestou contra atraso de salários, benefícios e direitos trabalhistas. Onze trabalhadores foram detidos.

A negociação entre trabalhadores e direção das empresas durou cerca de uma hora. A Justiça agora espera a lista de trabalhadores para liberar o pagamento. Com o fim da reunião, o protesto em Suape foi encerrado, por volta das 12h.

Segundo o 18º Batalhão da Polícia Militar, 11 trabalhadores foram detidos durante o ato por "desobediência, desacato e dano ao patrimônio". Eles foram levados para a Delegacia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco. De acordo com o Coronel Roberto Galindo, o uso da força contra os manifestantes não foi abuso. "Abuso é impedir o direito de ir e vir", afirmou. O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE) acionou jurídico para liberar trabalhadores detidos.

Os dois sentidos da PE-60 foram inicialmente interditados com pneus e galhos queimados. Uma fila de ônibus dos trabalhadores ficou parada ao longo da via, deixando o tráfego com retenções.

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Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima realizam uma manifestação na PE-60 - Diego Nigro / JC Imagem
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Funcionários protestam contra atraso de salários, benefícios e direitos trabalhista - Diego Nigro / JC Imagem
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Alguns trabalhadores foram demitidos e ainda não receberam verba indenizatória - Diego Nigro / JC Imagem
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Trabalhadores afirmam que seis mil funcionários foram prejudicados com salários atrasados - Diego Nigro / JC Imagem
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Outras 1,7 mil pessoas estão sem receber vale-alimentação e refeição - Diego Nigro / JC Imagem
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Grupo, em greve desde o dia 6, reivindica pagamentos de benefícios e salárioss - Diego Nigro / JC Imagem
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Grupo queimou objetos nas rodovias para impedir a passagem de carros - Diego Nigro / JC Imagem
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O tráfego ficou intenso na rodovia durante a manhã desta quarta-feira - Diego Nigro / JC Imagem
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Sintepav-PE deu entrada em uma ação judicial contra a empresa Alusa Engenharia - Diego Nigro / JC Imagem
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Funcionários estariam em situações precárias, como alojamentos sem energia, água e limpeza - Diego Nigro / JC Imagem
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Grupo tocou fogo em fardas - Diego Nigro / JC Imagem
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Grupo tocou fogo em fardas - Diego Nigro / JC Imagem
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Bombas foram utilizadas pela policia para tentar dispersar o grupo - Diego Nigro / JC Imagem
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Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima realizam uma manifestação na PE-60 - Diego Nigro / JC Imagem
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Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima realizam uma manifestação na PE-60 - Diego Nigro / JC Imagem
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Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima realizam uma manifestação na PE-60 - Diego Nigro / JC Imagem
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Trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima realizam uma manifestação na PE-60 - Diego Nigro / JC Imagem

SALÁRIOS ATRASADOS - O Sintepav-PE deu entrada em uma ação judicial, no Ministério Público do Trabalho, contra a Alumini Engenharia, novo nome da Alusa, que deve salários e outros benefícios aos trabalhadores de Suape. Durante audiência realizada na manhã do dia 12, na Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, foi colocado em ata o pedido de rescisão indireta para todos os seis mil trabalhadores que ainda estão ligados à Empresa Brasileira de Engenharia – Alusa e à Construtora Barbosa Mello – Alusa.

Rescisão indireta é quando o trabalhador é afastado da empresa e o empregador tem que pagar todas as verbas rescisórias, da mesma forma como se o tivesse demitido sem motivo, inclusive a indenização de 40% sobre o FGTS. Isso porque a rescisão teve origem em uma quebra de contrato por parte do empregador.

Na noite dessa quarta-feira (19), após manifestação realizada no Centro do Recife, a juíza do Trabalho Josimar Mendes da Silva Oliveira, da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca, determinou prazo de 48 horas para que a Petrobras repasse às empresas o valor dos salários dos terceirizados, sob pena de bloqueio das contas bancárias das empresas.

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