Emprego

Cresce emprego e salários da indústria no Grande Recife

Pesquisa mensal mostra maior número de vagas na indústria de transformação

Leonardo Spinelli
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Leonardo Spinelli
Publicado em 26/11/2014 às 15:12
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Pesquisa mensal mostra maior número de vagas na indústria de transformação - FOTO: NE10
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A indústria de transformação foi o setor da economia que registra a melhor performance no mercado de trabalho da Região Metropolitana do Recife. Apesar de tem gerado um saldo de empregos menor de 0,6%  no mês de outubro em relação a setembro, no comparativo de 12 meses o emprego na indústria cresceu 11,1%, gerando  17 mil vagas a mais no comparativo anual.  Os dados constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego  da Região Metropolitana do Recife (PED/RMR) divulgada nesta quarta-feira pela Secretaria de Trabalho (STQE), Dieese e Fundação Seade

O nível de desemprego total medida pela pesquisa se manteve estável passando de 11,9% em setembro para 12,1% em outubro.  Além de empregar mais, o rendimento médio do trabalhador da indústria de transformação cresceu 15,4% em 12 meses e 1,5% no mês de outubro. Na média, um operário da indústria ganha hoje R$ 200 a mais em relação  há um ano. Hoje, a indústria da RMR emprega 170 mil trabalhadores e paga um salário médio de R$ 1.514. 

Para o coordenador regional da pesquisa, Jairo Santiago, os dados sugerem uma melhora para o mercado de trabalho no Estado para os meses de novembro e dezembro. "Com a indústria funcionando bem, outros setores vem a reboque e alavanca a economia", disse. ". Em alguma medida mostra que a indústia que foi recentemente instalada está a todo  vapor", opinou. Ele salienta que o emprego da indústria é o de melhor qualidade, pois 70% dos seus trabalhadores têm carteira assinada. 

Por outro lado, o fim gradativo das obras das plantas industriais pressiona também a formação de empregos de menor qualidade. No comparativo anual, o setor de construção civil registrou as maiores perdas de vagas. São seis mil trabalhadores a menos em relação há 12 meses, numa queda de 4,3% no número de pessoas ocupadas. 

O pessoal que sai do emprego formal, passa a traballhar como autônomo,  categoria sem  acesso às vantagens trabalhistas, o que mostrando, também,  uma tendência de precarização no mercado de trabalho. "O desemprego praticamente não se moveu no mês porque teve o crescimento de participação do pessoal autônomo, tanto no comécio como na construção civil, que são dois setores que absorvem muito a mão de obra informal", disse o pesquisador. 


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