Além de racionamento e desabastecimento, a crise hídrica e energética do País vai afetar diretamente a popularidade de políticos vistos como responsáveis por esse cenário. A afirmação é do Ph.D. em ecopolítica Sérgio Abranches, que realiza na terça-feira a palestra O cenário político-econômico diante da crise de água e energia, no Teatro RioMar.
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Vencedor de diversos prêmios da área, Abranches traz ao Recife sua análise da situação ecológica (consequências da crise, responsabilidades do governo e da sociedade e meios para amenizá-la). “É preciso uma política que não incentive o consumo de recursos naturais, como carbono e petróleo, e que incentive energias limpas, como a solar. Isso é papel do governo”, diz o especialista, lembrando que a sociedade deve supervisionar as decisões do governo e aderir ao consumo consciente.
Ele acredita que os efeitos da escassez serão amenizados pela crise econômica, que força população e setores produtivos a se empenharem na diminuição do consumo de energia e água. “O governo demorou a agir e agora está usando a energia mais cara e mais suja. O Sudeste, por exemplo, tinha uma cultura de que seca era problema do Nordeste. Agora estão vendo que também podem sofrer com esse problema”, ressalta.
A palestra, gratuita, acontece às 19h. Para participar é preciso se inscrever no site do RioMar e retirar os ingressos no balcão de informações no piso térreo do mall.