O presidente da Chesf, Antônio Varejão, explica que a empresa teve resultado operacional positivo de R$ 660 milhões no ano passado. Esse valor se refere ao resultado dos serviços, como receita gerada pela transmissão e geração de energia, além de compra e venda de energia (subtraídas as despesas). “Mesmo com esse resultado operacional positivo fechamos no prejuízo por conta da baixa de créditos fiscais (imposto de renda e contribuição social sobre o lucro) no nosso balanço contábil”, observa.
Quando as empresas não estão dando lucro podem jogar para frente o recolhimento desses créditos, pressupondo que a empresa terá lucro no futuro. Se a companhia não entrar no azul é necessário dar baixa no crédito fiscal negativo.
Se não fosse a baixa desses créditos, a Chesf fecharia com resultado positivo. Ao longo de 2014 a empresa adotou algumas estratégias para reduzir custos e empresas. Dois movimentos importantes para melhorar o resultado operacional. O primeiro foi a conclusão do processo de transferência dos custos do Programa de Reassentamento de Itaparica para a Codevasf. Isso representa uma economia entre R$ 60 mil e R$ 80 mil. O segundo foi a devolução da Usina Termelétrica de Camaçari para o governo Federal, que vai representar uma economia de R$ 35 milhões nos encargos do sistema de transmissão da Chesf.
“Tivemos um resultado operacional conquistado com bastante esforço. A Chesf tem uma expectativa futura de lucro, tendo um plano de negócios que demonstra viabilidade. Estamos trabalhando pelo aumento de receita de transmissão e geração, aumento de recebimento dos dividendos, associado a uma política implantada de redução de gastos operacionais e de adequação dos processos de gestão dos negócios de geração e transmissão”, pontua Varejão.
INVESTIMENTOS
A outra parte dos investimentos (R$ 1,1 bilhão) foi aplicada em empresas nas quais a Chesf é sócia. São empreendimentos que estão em fase de conclusão a exemplo da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia e da Interligação Elétrica de Garanhuns (Consórcio Garanhuns).
Para 2015, Varejão calcula que os investimentos devem ficar entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões. Já sobre o resultado operacional, o presidente da Chesf diz que o esforço é para crescer, mas vai depender de um ano com condições hidrológicas adversas.