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Grande investidor também quer gerar impacto social

Negócios voltados para a baixa renda em áreas como educação geram interesse

Leonardo Spinelli
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Leonardo Spinelli
Publicado em 05/04/2015 às 9:16
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Negócios voltados para a baixa renda em áreas como educação geram interesse - FOTO: Divulgação
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Dentre os fundos de capital de risco que estão captando para investir no Nordeste, a First tem uma atuação mais específica. Conhecida como um fundo de impacto, seus investidores procuram não apenas rentabilizar suas aplicações, mas também exigem um trabalho de impacto social das empresas beneficiadas. “Temos compromisso legal com nossos investidores. É um tipo novo de investimento no Brasil”, diz Maria Cavalcanti, sócia-diretora da First. “Investimos em companhias de alto crescimento e que atendam a necessidade da população de baixa renda com produtos e serviços essenciais: educação, saúde, serviços financeiros, moradia. Até em telecomunicações para baixa renda temos interesse, mas a gente olha primeiro os quatro setores.”

A preocupação social é explicada quando se olha os investidores desse fundo, como o bilionário Pierre Omidyar, fundador do eBay, que tem RS 12,6 milhões investidos, assim como o JP Morgan Chase. Além desses, outros investidores internacionais já aportaram dinheiro no fundo que tem um total de US$ 66 milhões já captados e tem um potencial de chegar a US$ 125 milhões. “Sou cearense e temos atenção especial com o Nordeste. A região mostra potencial de crescimento e de transformações na maneira de fazer negócios no Brasil e com empresas inovadoras que atendem os nossos interesses”, diz a executiva. 

Na média os fundos trabalham com uma expectativa de rentabilidade de 25% ao ano. “Compramos hoje por 100 e vendemos em cinco anos por 250. É multiplicar o valor da empresa em 2,5”, diz Dalla Nora.

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