CARESTIA II

A inflação do Recife vai aumentar mais em maio

É que no dia 29 de abril vai entrar em vigor um novo aumento da energia elétrica

Do JC Online
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Publicado em 09/04/2015 às 11:18
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É que no dia 29 de abril vai entrar em vigor um novo aumento da energia elétrica - FOTO: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
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Na contramão do movimento nacional, o preço da energia elétrica teve pouca influência na inflação medida no Recife, fato que ajudou a deixar a capital pernambucana com a menor variação acumulada do IPCA em 12 meses dentre as cidades pesquisadas, com aumento de 7,51% em 12 meses. Em março, a inflação medida pelo IBGE também foi a menor entre as 13 capitais pesquisas, com resultado de 0,56% e no trimestre, 2,79%, uma das menores, atrás apenas de Brasília e Belém que registraram 2,56% e 2,69%. Essa vantagem para os recifenses deverá mudar em maio, já que o reajuste anual da Celpe vai entrar em vigor no próximo dia 29 de abril.

Segundo o IBGE, o Recife apresentou variação de apenas 0,65% na conta da energia elétrica em função do mais baixo reajuste extraordinário da bandeira tarifária (1,45%) e também pela queda das alíquotas de PIS/Cofins sobre o serviço. Para se ter uma ideia, Campo Grande foi a capital que registrou o maior aumento na conta da luz, com um percentual de 34,77% no mês de março, enquanto o reajuste extraordinário atingiu 26,67%.

Abaixo, alguns entrevistados falam como já estão sentindo a mordida do dragão da inflação no seu bolso. Eles estão se referindo a alta dos preços de 1,32% registrada em março último pelo IBGE. Foi a maior taxa dos últimos 20 anos para um mês de março.

Por conta desse detalhe, a habitação foi o grupo que mais contribuiu com a inflação no Recife, com aumento de 15,82% em 12 meses. Esse reajuste, no entanto, ainda é menor do que o registrado nacionalmente, 16,82%. Artigos de residência (3,03%), transportes (7,33%), saúde e cuidados pessoais (6,84%), despesas pessoais (6,4%) e educação (7,41%) também registraram um índice menor do que o registrado na média brasileira. Vestuário (3,63%) e, principalmente, alimentação (8,27%) foram os grupos que apresentaram, em um ano, aumento maior no Recife em relação ao resto do País. Alimentação, aliás, foi o item que mais contribuiu com a inflação de março na capital pernambucana com índice de 1,07%. Destaque para a cebola, que ficou 40,88% mais cara em 12 meses. Merluza, feijão macassar e tomate também estão bem mais caros, com os recifenses pagando preços superiores a 30% num ano.

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