A conta de energia vai aumentar 11,19% para o consumidor residencial. O efeito médio do reajuste será de 11,25% para todos os pernambucanos, enquanto os clientes de alta tensão, como as grandes indústrias, a média do reajuste será de 11,44%, num dado preliminar divulgado na reunião da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que ocorreu na manhã desta quarta-feira em Brasília.
Com isso, se para o consumidor residencial o aumento será de 11,19%, para grandes indústrias será de 16,74%. Já as médias industrias terão redução de 0,21%.
Os novos percentuais entram em vigor na próxima quarta-feira, dia 29. É o terceiro aumento da tarifa somente este ano. A expectativa de técnicos do setor era de que o aumento ficasse, no máximo, em 10%, tomando como exemplo os reajustes concedidos às outras concessionárias do Nordeste que têm um perfil parecido com o da distribuidora local. As empresas que distribuem energia na Bahia e no Rio Grande do Norte, a Coelba e a Cosern pertencem ao Grupo Neoenergia, também dono da Celpe.
Um dos motivos da alta da conta de luz foi a compra da energia das térmicas que é mais cara do que a produzida pelas hidrelétricas. Isso ocorreu devido a escassez de chuvas que fez com que os reservatórios das principais hidrelétricas do País continuem em baixa. As térmicas estão operando desde o final de 2012.
A conta de energia elétrica está sendo uma das vilãs que estão contribuindo para a alta da inflação e tudo indica que este não é o último aumento de 2015, de acordo com especialistas. A indústria e o comércio são impactados pelo aumento e, geralmente, repassam essa alta dos custos ao consumidor.
O reajuste da conta de energia pode provocar outro aumento: o da conta de água, que teve um incremento de 8,75% no último dia 20 de março. Há duas semanas, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, afirmou que a estatal só vai definir se haverá um novo reajuste depois de saber quanto foi a alta da tarifa da Celpe. A conta de luz é uma das principais despesas da empresa.