A máquina possibilita o corte de 20 a 30 toneladas por hora. A estimativa é de que a colheita mecanizada gere uma economia de aproximadamente R$ 15 por tonelada de cana, saindo de R$ 23 (no corte manual) para R$ 8 na colheita mecanizada, segundo o consultor do Sindaçúcar e coordenador do projeto, Luiz Claudio Melo.
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O equipamento tem o custo de R$ 150 mil. Estão sendo produzidas cinco unidades em Escada, das quais três serão usadas por fornecedores de cana e duas adquiridas por usinas. “A mecanização será um processo lento porque a renovação do canavial varia de 10% a 15% ao ano”, conta Luiz Claudio. Para o equipamento ser usado, deve ser feito um nivelamento do solo durante o plantio. “É um processo lento que não vai ocorrer do dia para a noite”, conta. Ele estima que metade da área de declive da Mata Sul continuará tendo colheita manual, porque não será possível fazer corte mecanizado.
Segundo Luiz Claudio, não foi feito o cálculo de quantos empregos podem desaparecer no campo com a futura mecanização. O setor sucroalcooleiro é o grande empregador na Zona da Mata de Pernambuco.
“É um esforço de inovação incremental, agregando redução de custos e eficiência nas operações”, diz o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha. A entidade investiu cerca de R$ 1,5 milhão anualmente desde 2010 na pesquisa de um equipamento desse tipo. A iniciativa foi bancada por 14 associados.
A invenção está sendo patenteada e vai ser mostrada na Feira de Produtores de Cana (Norcana), que ocorre amanhã e terça-feira na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, número 2028, no bairro da Imbiribeira, em Recife. Na terça-feira, Luiz Cláudio Melo, fará uma palestra sobre o assunto às 15h.