Preços

Cesta básica do Recife teve a maior alta do ano, em novembro

Valor chegou a R$ 323,15 e já é o segundo mais alto do Nordeste, atrás de Salvador

Da editoria de economia
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Publicado em 10/12/2015 às 7:00
Bobby Fabisak/JC Imagem
Valor chegou a R$ 323,15 e já é o segundo mais alto do Nordeste, atrás de Salvador - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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A cesta básica do Recife registrou a maior alta do ano, em novembro. A elevação de 8,52% fez o valor saltar de R$ 297,78 para R$ 323,15. A capital pernambucana acompanhou  tendência nacional, junto com outras 17 cidades, que viram o grupo de bens alimentícios básicos subir de preço. As maiores altas ocorreram em Brasília (9,22%), Campo Grande (8,66%), Salvador (8,53%) e Recife. As informações foram divulgadas ontem pelo Dieese. No Recife, produtos como tomate, açúcar e banana foram os principais responsáveis pela alta.

A supervisora técnica do Dieese, Jackeline Natal, destaca que, ao longo do ano, a cesta básica do Recife apresentou uma trajetória de alta entre os meses de janeiro e maio. Depois manteve um comportamento de queda nos meses seguintes e voltou a subir em novembro. “Esse resultado do mês passado (8,52%) influenciou a variação no acumulado do ano de 12,84%  e o resultado dos últimos 12 meses, que ficou em 17,75%. A elevação foi motivada por questões sazonais e por fatores climáticos”, observa Jackeline.

Em novembro, todos os produtos pesquisados registraram aumento em seus preços médios, com destaque para tomate (66,67%), açúcar (9,19%) e banana (6,48%). O preço do tomate aumentou em todas as capitais pesquisadas em função da oferta fraca. No Nordeste, a estiagem prolongada tem prejudicado as plantações. A perspectiva é que o fenômeno El Niño continue influenciando o clima na região.

“No caso do açúcar, este ano as usinas optaram por uma produção mais alcooleira do que açucareira, em função do aumento do preço da gasolina que estimulou o uso do etanol. Outro fator foi o aumento da commodity no mercado internacional, estimulando as exportações”, pontua.

A avaliação anual, também aponta para aumento de preços de produtos influenciados pela seca. No acumulado do ano a carne bovina registrou alta de 15,46% e o feijão de 38,79%). “Esse comportamento tem relação com a redução de animais para o abate, por conta da estiagem. Estamos falando de um mercado complexo com ciclo produtivo longo”, destaca.

Em novembro, a cesta básica do Recife foi a segunda maior do Nordeste, atrás apenas de Salvador (R$ 323,23). O valor ficou apenas R$ 0,8 abaixo da cesta dos soteropolitanos. Para comprar o grupo de alimentos, o recifense compromete 44,57% do salário mínimo. A expectativa é que o valor da cesta volte a aumentar em dezembro.

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