A LM Wind Power - fabricante de pás eólicas com unidade no Complexo de Suape - está exportando para os Estados Unidos atendendo a uma demanda da General Electric (GE). O embarque da primeira encomenda de 51 pás marca a estreia do Porto nesse tipo de carga específica. Com comprimento que varia de 40 a 70 metros, as pás serão exportadas em navios de cargas de projetos (utilizados no transporte de máquinas e equipamentos).
Leia Também
As 51 pás pesam o equivalente a 627 toneladas e seguirão para instalação de parques eólicos nos Estados Unidos. A GE encomendou as pás eólicas à Wind Power e contratou os serviços da Localfrio Suape para controlar o processo de armazenamento das cargas e de logística para a exportação das peças.
Com o câmbio desfavorável para importações, a Localfrio Suape está apostando nas exportações. “Fechamos grandes operações voltadas ao mercado externo. O manuseio e armazenagem das 51 pás eólicas, destinadas aos Estados Unidos, é um exemplo deste trabalho”, comenta o superintendente da empresa, Ricardo Oshiro. A Localfrio Suape conta com 91.000 m² de área alfandegada para acomodar diversos tipos de carga, inclusive as de grande porte. Em 2015 a companhia conquistou a certificação de Operador Econômico Autorizado (OEA), concedida pela Receita Federal do Brasil.
Para o Porto de Suape, a exportação das pás representa um ganho nas movimentações. “Operações como essa são possíveis porque o Porto conta com boa infraestrutura portuária. Além disso, não podemos deixar de destacar a união de diversos atores na operação como a mão de obra oferecida pelo Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto de Suape (OGMO), além do acesso fácil ao Porto, com rodovias de qualidade”, diz o diretor de Gestão Portuária do Complexo, Paulo Coimbra.
No ano passado, o Porto de Suape embarcou 1 milhão de toneladas de cargas para a exportação. Os países que mais receberam cargas embarcadas em Suape foram Antilhas Holandesas, Holanda, Argentina, Itália e Espanha. Cargas conteinerizadas, óleo combustível, petróleo bruto, açúcar e óleo diesel foram as principais mercadorias exportadas. O complexo conta com alguns diferenciais como facilidade de atracação, profundidade (permitindo a chegada de navios de grande calado), tamanho do cais e capacidade do piso são diferenciais no embarque e desembarque das grandes peças.