EDUCAÇÃO

Empresa pernambucana está entre as 20 startups mais inovadoras da América

A Escribo ficou como finalista do concurso Economia Naranja realizado pelo BID

Da editoria de economia
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Publicado em 24/04/2016 às 8:01
Edmar Melo/Acervo JC Imagem
A Escribo ficou como finalista do concurso Economia Naranja realizado pelo BID - FOTO: Edmar Melo/Acervo JC Imagem
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A empresa pernambucana Escribo ficou como finalista entre as 20 startups mais inovadoras da América no concurso Economia Naranja realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na qual participaram 521 iniciativas de vários países da América Latina e Caribe. A companhia pernambucana concorreu com o Projeto Frei.re, uma plataforma digital que permite aos professores e alunos criarem os seus próprios jogos digitais e compartilharem, por exemplo, com outros alunos. O Jornal do Commercio em parceria com a Escribo está disponibilizando uma assinatura de três meses do Projeto Frei.re para os seus assinantes. Caso você esteja interessado, pode acessar o seguinte site (https://www.escribo.com.br/jc/).

A Economia Naranja vai premiar, em maio, as melhores iniciativas de economia criativa. [TEXTO]Na premiação final, uma das dez startups vencedoras será escolhida pelo voto popular via internet até o dia 25/04. Caso o leitor esteja interessado, pode votar no seguinte endereço (www.nexso.org/solucion/sl/acb78cb6-f6fc-4e7a-8a1f-83f946886874). 

“O professor que utilizar a plataforma pode trocar o fundo do jogo, colocar as fotos dos alunos nos personagens dos joguinhos e fazer jogos sobre temas como Carnaval, times de futebol, além de construir outros jogos com um conteúdo pedagógico próprio”, explica o diretor executivo da Escribo, Américo Amorim. Na prática, quando as alterações feitas pelo professor estiverem prontas, será gerado um link próprio. É esse link que será acessado pelos alunos, podendo ser usado apenas por uma sala ou por todas, dependendo do professor.

O conteúdo disponibilizado no Frei.re é voltado para os alunos de quatro a dez anos de idade, quando as crianças frequentam o 5º ano do fundamental. “Nos voltamos para a educação infantil porque percebemos uma demanda”, conta. 

A plataforma também disponibiliza aos professores ferramentas que podem identificar se o jogo está fácil ou difícil para a classe, se os alunos estão aprendendo e qual a etapa do jogo que os estudantes não estão conseguindo ultrapassar. E Américo acrescenta: “quando uma grande quantidade de alunos não consegue passar de determinada etapa, ou é um problema do jogo ou do aprendizado”. 

Mil alunos estão usando a plataforma somente no Recife. O desenvolvimento dela foi iniciado em novembro do ano passado baseada em pesquisas desenvolvidas por Americo, que cursa o doutorado na Johns Hopkins, a melhor pós-graduação em educação dos EUA.

A Escribo passou a atuar no mercado de livros digitais em 2014. Antes disso, a empresa era conhecida como D’Accord, fundada por dois sócios em 2001. Na época, produzia e vendia programas para ensinar as pessoas a tocarem instrumentos musicais. Hoje, a empresa vem se especializando em educação, fornecendo conteúdo digital para grandes grupos educacionais como a FTD, Moderna, Saraiva e a Somos Educação. 

A assinatura da plataforma Frei.re para os assinantes do JC ocorrerá por um período de três meses. A parceria é interessante para a Escribo que deseja que mais usuários usem o projeto e votem na premiação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 

Mas por que o nome Frei.re ? “É uma homenagem ao educador Paulo Freire”, responde o diretor executivo da Escribo, Américo Amorim. Freire revolucionou a educação para adultos ao perceber, entre outras coisas, que o aprendizado deve estar ligado à realidade das pessoas. “Especialistas e educadores acreditam que uma das formas de aprender é praticando”, argumenta Américo.

A empresa começou a trabalhar num novo projeto que deve criar uma plataforma da Frei.re para os alunos e professores das últimas séries do fundamental até o ensino médio. 

Atualmente, a Escribo tem 22 funcionários, faturou cerca de R$ 2 milhões em 2015 e responde por 50% do mercado de livros didáticos digitais no Brasil. “É um mercado ainda pequeno e está só começando”, diz Américo.

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