Diversidade

Público LGBT movimenta o setor de turismo

No Recife, agência de turismo oferece pacotes especiais para o público

Beatriz Albuquerque
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Beatriz Albuquerque
Publicado em 17/07/2016 às 8:00
Foto: acervo pessoal
No Recife, agência de turismo oferece pacotes especiais para o público - FOTO: Foto: acervo pessoal
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O segmento LGBT é o que mais cresce no setor de turismo, com gastos per capta em média três vezes superiores aos dos demais nichos, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). Neste mês, o Brasil enquanto um dos maiores mercados para o segmento na América do Sul passou a ser representado por Clóvis Casemiro na IGLTA, principal instituição internacional de turismo LGBT.

A posição dentro da associação é nova e foi criada para profissionalizar o mercado brasileiro. Segundo Casemiro, "o Brasil tem um potencial muito grande, com 12% da população gay. Desses, 30% viajam e, mesmo quando viajam a trabalho, sempre consomem em bares e boates". Em Pernambuco, a IGLTA pretende realizar convenções e simpósios para o trade local.

No Recife, a agência de turismo Florescer trabalha com pacotes especiais para atender o público. Os destinos urbanos são os mais procurados, com destaque para as cidades de Madrid, São Francisco e Orlando. Segundo a diretora Renata Oliveira, o público representa uma fatia importante do faturamento da agência. "Sentimos uma redução no turismo corporativo, mas no turismo de lazer voltado para o público LGBT não", afirma.

A empresa "gay friendly" disponibiliza um consultor especializado para atender o público. Além da venda dos pacotes, são indicados restaurantes e pontos de encontro no destino escolhido. "É um público muito exigente, porque pensa no detalhe. Quando vendemos para uma família heterossexual, a principal preocupação é o valor. No caso do público LGBT, eles procuram saber qual é a 'cidade babado' da Europa e os melhores restaurantes hotéis".

O professor universitário Thiago Soares viaja anualmente para o exterior. O destino mais recente foi Cuba, em março deste ano. Na próxima terça-feira (18), ele embarca com novo destino, Tóquio, no Japão. O roteiro é considerado um dos mais caros, mas com compras antecipadas e reservas em hotéis econômicos custou US$ 6,5 mil dólares. “Eu tenho um gasto fixo com passagens e sempre estou atento ao mercado financeiro para comprar dólar”, afirma. Soares prefere parcelar as viagens no cartão de crédito, apesar dos impostos, para converter em trechos de novas viagens com o programa fidelidade das aéreas.

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