Seguindo a tendência nacional, a atividade econômica registrada no Nordeste pelo Índice do Banco Central Regional (IBCR) mostra que o desempenho negativo no trimestre encerrado em maio apresentou um ritmo mais moderado que no período imediatamente anterior. Em Pernambuco, o indicador chegou a ter uma variação positiva de 0,2% na mesma base comparativa. O resultado, no entanto, foi influenciado pelo período de refino do açúcar.
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Considerando os segmentos isolados, destacam-se de forma negativa os equipamentos de transporte, que apresentou queda de 40,3%, muito influenciado pelo cancelamento das encomendas de navios pela Petrobras; indústria de minerais não metálicos, com recuo de 10,3%; e de alimentos, que caiu 10%.
No setor agrícola se destacou positivamente a safra de grãos tem um projeção de expansão de 143,4%, com destaque para as colheitas de milho (187,1%) e de feijão (117,7%) – que vem sofrendo grande alta de preços em função da baixa produtividade de colheitas anteriores, sendo um dos grandes vilões da inflação. Já o setor de serviços sofreu uma diminuição de 10,3% no seu volume de atividades.
O comércio registrou uma queda de 4,6% no trimestre que terminou em maio na comparação com o período anterior. A maior retração foi no segmento de materiais de construção, que tiveram movimento de vendas reduzido em 5,7%, seguido pelos supermercados (-5,2%) e combustíveis e lubrificantes (-3,5%).
A análise do Banco Central mostra que a contração da atividade econômica no Estado no trimestre encerrado em maio apresenta a continuidade da contração observada ao longo de 2015. A instituição aponta que o resultado foi sensibilizado pelos cortes de investimentos nos setores públicos e privados, com destaque para a redução das atividades da Refinaria Abreu e Lima e do polo naval.
Para os próximos trimestres, a expectativa apontada pelo Banco Central é que haja um aumento no emplacamento de veículos no polo automotivo de Pernambuco, o que ajuda a aumentar a confiança dos empresários da indústria, que esperam uma melhora na atividade econômica.