TRABALHO

Pernambuco gerou maior número de empregos em agosto, afirma Caged

Números de desemprego no cenário nacional ainda são altos, mas Caged aponta que está ocorrendo desaceleração

Da editoria de economia
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Publicado em 24/09/2016 às 7:30
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
Números de desemprego no cenário nacional ainda são altos, mas Caged aponta que está ocorrendo desaceleração - FOTO: Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
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O Brasil fechou 33.953 vagas formais em agosto deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. É o 17º mês consecutivo de queda. Apesar de negativos, os dados mostram que está ocorrendo uma desaceleração no desemprego. Em agosto do ano passado, foram fechados 86.543 postos. Pernambuco é um exemplo positivo da melhora, pois gerou 9.035 postos, o maior número de empregos formais no País.

O setor que contribuiu para o resultado no Estado foi a Indústria de Transformação, com 6.902 vagas, com destaque para o subsetor de indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, que criou 7.016 empregos. 

O setor de agropecuária gerou 1.206 postos. Segundo a diretora executiva do Instituto Fecomércio, Brena Castelo Branco, a alta se deve à sazonalidade da agricultura e da indústria de alimentos. É o período de cultivo da cana de açúcar, que gerou 1.323 postos de trabalho em todo o País. 

No entanto, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Thiago Norões, afirma que há um conjunto de sinais de aumento na dinâmica da economia do Estado. “A gente sente as conversas com os investidores voltarem a acontecer com assiduidade e o aumento no nível de confiança no mercado. Devemos olhar com cautela esse resulto e trabalhar para que a tendência se confirme. Porém, é um bom sinal”, afirma.

Entre os setores em que as demissões superaram as admissões, estão comércio (-189), construção civil (-36) e extrativismo mineral (-18). No acumulado do ano, Pernambuco fechou 47.780 mil vagas. Nos últimos 12 meses, foram 56.223 mil empregos a menos. 

NACIONAL

Já no Brasil, no acumulado do ano, o nível de emprego formal apresentou declínio de 1,64%, correspondendo à perda de 651.288 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi da ordem de 1.656.144 empregos. Com o resultado, o estoque de emprego para o mês alcançou 39.042 trabalhadores com carteira de trabalho assinada no país.

Os setores que tiveram as maiores perdas de vagas formais foram construção civil (-22.113 postos), agricultura (-15.436) e serviços (-3.014 postos). A Indústria da Transformação também registrou a maior alta no cenário nacional, com a criação de 6.294 vagas de postos de trabalho. O comércio gerou 888 e o setor de extração mineral, 366. 

As perdas mais significativas de vagas foram registradas no Rio de Janeiro (-28.321 vagas), devido ao fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, em Minas Gerais (-13.121), por causa do fim do ciclo de produção do café, e no Espírito Santo (-4.862). 

Treze Estados brasileiros apresentaram resultado positivo, entre eles Paraíba (5.905), Alagoas (4.099), também por causa do cultivo de cana de açúcar, e Santa Catarina (3.014).

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