PRODUTIVIDADE

Ministro da Educação diz que investir em educação ajuda a aumentar competitividade

Em evento da Amcham realizado no Recife, Mendonça Filho afirma que reforma do ensino médio ajudará no aumento da competitividade

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 18/10/2016 às 7:31
Foto: Amcham/Divulgação
Em evento da Amcham realizado no Recife, Mendonça Filho afirma que reforma do ensino médio ajudará no aumento da competitividade - FOTO: Foto: Amcham/Divulgação
Leitura:

Um dos caminhos para aumentar a competitividade brasileira é investir na qualidade da educação. Para isso, é necessário reformar o sistema, agregando o ensino técnico ao ensino médio e aumentar o número de escolas com ensino integral. Esses são os próximos passos que o governo federal seguirá no setor, segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho. Ele participou ontem de um evento da Câmara Americana de Comércio (Amcham-Recife), no JCPM Trade Center, no bairro do Pina. 

A competitividade é medida com base na capacidade produtiva e nas condições oferecidas pelo mercado financeiro de um País. Segundo pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial divulgada no mês passado, o Brasil perdeu seis posições e ficou no 81º lugar no ranking das economias mais competitivas do mundo. O estudo avalia, entre outros fatores, a educação primária e superior em 138 países.

“A educação avançou no ponto da universalização, de acesso, mas do ponto de vista de qualidade, estamos em uma distância enorme. Para isso, a reforma do ensino médio se faz necessária, assim como a melhora no ensino fundamental. Tudo para que possamos ter um ensino médio mais integrado à educação técnica e facilitar o acesso do jovem à universidade”, afirmou o ministro. “A reforma no ensino médio vai nessa direção de agregar ainda mais. O Brasil é um dos países que tem a menor relação entre a formação de nível médio e a oferta de cursos técnicos ou vocacionais. Apenas 8% das vagas geradas no ensino médio estão relacionadas à formação técnica ou vocacional, enquanto a maioria dos países europeus atinge o patamar de mais de 40%. A gente quer mudar isso”, complementou. 

A Medida Provisória (MP) que visa à reforma do ensino médio prevê a flexibilização do currículo escolar. No novo sistema, o aluno poderá escolher por áreas de seu interesse, como linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e/ou ensino técnico. A MP foi enviada recentemente ao Congresso Nacional.

ESTUDO

Pesquisa da Amcham sobre mão de obra realizada em 2014 mostra que o perfil técnico é o segundo mais necessitado por 32% dos empresários entrevistados em Pernambuco, atrás do operacional (51%). Diante da situação econômica do Estado, as empresas foram obrigadas a investir mais em capacitação (43%).

Para a gerente regional da Amcham Nordeste, Alessandra Andrade, pouca coisa mudou desde 2014. “Na pesquisa que fizemos há dois anos, o empresariado relatou que sentia necessidade de mão de obra técnica. Durante o evento, promovemos a interação entre esse público e a esfera pública. A gente percebe que ainda existe essa necessidade, de uma forma diferente de 2014, pelo momento que o Estado vivia”, afirmou. 

Últimas notícias