Será lançado nesta quarta-feira (09) o Cartão Reforma, programa do governo federal que destinará recursos, a fundo perdido, para ajudar as famílias de baixa renda a comprarem material de construção para reformar as suas casas. A expectativa é de que sejam liberados R$ 500 milhões em 2017 para a iniciativa.
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Segundo o ministro das Cidades, Bruno Araújo, em entrevista ontem no programa de Geraldo Freire na Rádio Jornal, a verba do Cartão Reforma “foi espremida de vários orçamentos, incluindo algumas obras que estavam paradas e não poderiam avançar porque tinham algum tipo de problema” e até da poupança de outras áreas.
“Os recursos serão dados de forma responsável. É um programa de médio e longo prazo”, afirmou o ministro.
De acordo com Araújo, será desenvolvida uma forma de acompanhamento dos recursos, para assegurar que eles realmente sejam gastos em reforma. Entre as estratégias, está programada a visita de técnicos à residência dos beneficiados, para atestar se o serviço foi feito.
O ministro argumentou que a liberação do subsídio ocorrerá de forma desburocratizada, “informatizada, num sistema moderno que dê velocidade ao programa”. “Esses recursos vão diminuir o aspecto de residência precária no Brasil para as famílias de baixa renda”, comentou Araújo.
PARCERIAS
Para implementar o programa, serão feitas parcerias entre os governos federal, estadual, municipal e comunidades. “Os Estados e municípios vão contratar engenheiros, paisagistas e arquitetos que vão instruir a dona da casa, a mulher, a como melhorar a sua residência”, acrescentou Bruno Araújo.
De acordo com o ministro, a família que for beneficiada deve receber o cartão de débito da Caixa Econômica Federal (CEF) com o valor da reforma liberado. Inicialmente, o Ministério das Cidades informou que os valores do Cartão Reforma poderiam variar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Ontem, a assessoria do ministro não confirmou mais detalhes sobre os valores do programa.
Numa estimativa feita pelo próprio governo federal, o programa deve atender 3,5 milhões de famílias com renda de até R$ 1,8 mil. No País, cerca de 15 milhões de famílias moram em locais que precisariam de reforma.
Numa época de crise como a atual, a liberação desses recursos, no próximo ano, deve trazer algum impacto positivo à economia do País.