Desenvolvimento

Recife perde posições no ranking que mede desafios das cidades

Pesquisa da Macroplan mostra que pior resultado foi na área de educação

Da editoria de economia
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Publicado em 18/02/2017 às 7:00
Foto: Heudes Regis/JC Imagem
Pesquisa da Macroplan mostra que pior resultado foi na área de educação - FOTO: Foto: Heudes Regis/JC Imagem
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No intervalo de uma década (entre 2005 e 2015), Recife perdeu posição num ranking elaborado pela Macroplan que avalia o desempenho das 100 maiores cidades do País. Intitulado Desafios da Gestão Municipal, o levantamento analisa quatro indicadores principais (educação, saúde, segurança e infraestrutura/sustentabilidade). Na comparação com as demais localidades, a capital pernambucana passou da 64ª para a 71ª colocação no desempenho geral e perdeu posições nos quesitos educação, saúde e infraestrutura. A melhora aparece na segurança (o período não contempla a situação crítica atual), enquanto o destaque é o primeiro lugar do Brasil em transparência na gestão.

O estudo mostra que as gestões municipais estão conseguindo entregar resultados diferentes à população, embora todas estejam sofrendo com a escassez de recursos financeiros e a estagnação econômica nos últimos anos. “No caso do Recife preocupa o indicador da educação, com piora da 50ª para a 74ª posição no ranking. A cidade também tem um dos maiores gastos por aluno do País (R$ 10 mil), mas não entrega um dos melhores Ideb (4,6). É preciso avaliar a qualidade do gasto, o que a gestão entrega à sociedade com cada real que recebe”, diz o diretor da Macroplan e coordenador da pesquisa, Glaucio Neves.

O intervalo de dez anos perpassa as gestões dos prefeitos João Paulo, João da Costa e Geraldo Julio. Nesse período, o Ideb do ensino fundamental 1 piorou da 80ª para a 84ª posição, enquanto o do fundamental 2 melhorou da terceira pior situação do País (97ª) para a 68ª. Também na educação houve um retrocesso no número de crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches (da 39ª para a 63ª) e de crianças de 4 e 5 anos matriculadas na pré-escola (da 20ª para 73ª).

“Temos informação de que a gestão municipal do Recife tem feito um trabalho na melhora da educação e que avançou em relação a anos anteriores, mas o processo aconteceu num ritmo mais lento e não conseguiu acompanhar o desempenho das outras cidades. Por esse motivo perdeu posições”, observa Neves.

INVESTIMENTO

Por meio de nota, a PCR informa que investiu mais de R$ 192 milhões em Educação nos últimos quatro anos de gestão. “Como se sabe, os resultados na área não costumam aparecer a curto prazo. O Recife avançou no Índice Desafios da Gestão Municipal (IDGM), assim como vem melhorando no Ideb. A rede atingiu a meta dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e obteve o sexto maior crescimento entre as capitais do Brasil nos Anos Finais, depois de passar seis anos com o desempenho no Ideb praticamente estagnado. A PCR acredita que já vem melhorando a qualidade do ensino e está seguindo o mesmo caminho do Governo do Estado para, nos próximos anos, obter notas mais altas nas avaliações”.

Embora o momento atual seja de crise na segurança pública de Pernambuco como um todo, no intervalo entre 2004 e 2014, o Recife obteve melhora no indicador, passando da terceira pior situação do País (98ª posição) para a 75ª colocação.

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