Impulsionados por uma crise econômica que afasta investimentos de longo prazo no País, os brasileiros conquistaram a terceira colocação entre os estrangeiros que mais apostam em imóveis como negócio em Portugal. Ficamos atrás apenas dos ingleses e dos franceses, segundo levantamento da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (Apemip). Sabendo o impacto desses investidores, os portugueses começaram a vir até o Brasil para vender seus produtos e, mais recentemente, o Recife entrou nesse roteiro.
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Na próxima terça-feira, por exemplo, uma comitiva portuguesa composta pela imobiliária Direct Portugal e a United Investments Portugal (UIP) irá realizar no Recife a primeira parada do tour de apresentação do Sheraton Cascais Hotel Residence, que será construído em Lisboa. “Nos últimos três anos, o preço médio do metro quadrado no país valorizou 30% e continua aumentando”, explica o gerente de Produtos Internacionais da Direct Portugal, Casimiro Ulisses, sobre as vantagens de investir atualmente em terras lusas.
No caso do resort, o modelo de investimento é o que combina usufruto e aluguel. Ao adquirir uma unidade, o brasileiro poderá utilizar a suíte quando estiver em Portugal e, nos demais períodos, o aluguel do espaço a hospedes será administrado pelo Sheraton. Com isso, o investidor tem garantido pelo menos 5% ao ano de retorno do investimento durante cinco anos. “O detalhe é que o valor recebido pelo aluguel será pago em euros”, destaca. Depois de passar pelo Recife, ele seguirá para Maceió, João Pessoa, Natal, Fortaleza e São Paulo em busca de investidores.
Além da valorização do metro quadrado, outras vantagens têm levado brasileiros a buscar os imóveis portugueses. Graças à política de incentivo do governo português, estrangeiros que investem a partir de 500 mil euros (cerca de R$ 1,8 milhão) no país passam a ter automaticamente direito ao golden visa – um visto especial de residência com duração mínima de cinco anos.
“Só no Consulado Geral de Portugal [em São Paulo] são, em média, atribuídas por mês, 800 novas cidadanias portuguesas a cidadãos brasileiros que assim adquirem a dupla nacionalidade. São investidores brasileiros que deixam de ser contabilizados pelas estatísticas portuguesas como tal, perante a dupla nacionalidade. Na verdade, o investimento brasileiro em Portugal é muito maior do que se pensa”, analisa o presidente da Apemip, Luís Lima.
Outros fatores como o clima – ameno, se comparado a outros países europeus – e a língua são
decisivos na hora de decidir onde investir. E, diferente do que acontecia quando Portugal adotou a política do golden visa, não são apenas os aposentados que estão procurando o país, garante Casimiro Ulisses. “Hoje muitos jovens estão interessados em investir em Portugal diante da estabilidade econômica, a possibilidade de oferecer segurança e saúde para os filhos, já que, com o visto, esses serviços são estendidos para a família”, destaca.
Serviço
Pré-lançamento do Sheraton Cascais Hotel Residence
6 de junho, no Recife
Inscrições: directportugal.vpeventos.com