A Tramontina vai estrear no segmento de porcelana de mesa, com a implantação de uma fábrica em Pernambuco. Com investimento projetado em R$ 130 milhões, a indústria vai funcionar no município de Moreno (Região Metropolitana do Recife) e será responsável pela produção de aparelhos de jantar (pratos, xícaras, pires), tigelas, assadeiras e outros itens.
As obras de construção civil estão previstas para começar no segundo semestre de 2018 e o início da operação em 2021. Quando estiver em funcionamento, a nova unidade vai gerar 200 empregos diretos. Ontem o presidente da companhia, Clóvis Tramontina, e o governador Paulo Câmara concluíram as tratativas em reunião no Palácio do Campo das Princesas, no Recife.
Com a instalação da fábrica, Pernambuco entra para o mapa da fabricação de porcelana de mesa no Brasil, tradicionalmente concentrado nas regiões Sul e Sudeste do País. Hoje as maiores fabricantes de louça de mesa do País (Porcelana Schmidt e Cerâmica Oxford) têm fábricas em Santa Catarina. A mudança de rota dessa indústria se dá em função de uma série de fatores, que incluem política de incentivo fiscal, oferta de mão de obra, disponibilidade de matéria-prima no Nordeste e a uma história de 18 anos da Tramontina com o Estado.
PORTFÓLIO
“Estamos desenvolvendo esse projeto de entrar no mercado de porcelana de mesa há mais de dois anos e meio. Com esse novo segmento complementamos nosso portfólio de utilidades para o lar, que já conta com panelas, talheres e móveis de plástico. A indústria vai funcionar numa área de 40 mil metros quadrados no terreno da fábrica de móveis que inauguramos em janeiro deste ano em Moreno e terá capacidade para fabricar 7 mil toneladas de produtos por ano”, detalha Rui Baldasso, diretor executivo da Tramontina Delta (braço da empresa no Estado). A produção local será dedicada ao mercado interno e também seguirá para exportação nas Américas do Sul, Central e Caribe, a partir do Porto de Suape.
“Com a decisão do investimento, a empresa demonstra que está confiante com a retomada do crescimento econômico e com o diferencial competitivo oferecido pela localização estratégica de Pernambuco e pelo Porto de Suape”, diz o vice-governador Raul Henry. "Estou muito feliz de poder anunciar a instalação de mais um expressivo empreendimento em nosso Estado, num momento que o Brasil encontra-se parado”, disse o governador.