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Ex-funcionários da Qualiman dormem em fila para homologar demissões

Demitidos na semana passada, eles aguardam rescisões para ter os direitos trabalhistas

JC Online
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Publicado em 19/12/2018 às 10:56
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Funcionários da Qualiman Engenharia e Montagens, empresa que participava de obras na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca, formam grandes filas para homologar demissões no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada de Pernambuco (Sintepav-PE), na manhã desta quarta-feira (19). Alguns dos trabalhadores, que chegam a um total de 1,2 mil, passaram a noite dormindo na fila, em frente à sede da categoria. Eles esperam confirmação das rescisões para receber 4,3 milhões em direitos trabalhistas.

Uma força-tarefa foi montada na sede do Sintepav-PE, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, para fazer as homologações. Com isto, os ex-funcionários da empresa podem fazer o saque do FGTS e dar entrada no seguro-desemprego, segundo informações da representação da categoria.

Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Ex-funcionários da Qualiman formaram grandes filas para homologar demissões na manhã desta quarta - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Ex-funcionários da Qualiman formaram grandes filas para homologar demissões na manhã desta quarta - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Ex-funcionários da Qualiman formaram grandes filas para homologar demissões na manhã desta quarta - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Alguns dos 1,2 mil trabalhadores dormiram em frente à sede do sindicato, no Engenho do Meio - Foto: Cortesia
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Alguns dos 1,2 mil trabalhadores dormiram em frente à sede do sindicato, no Engenho do Meio - Foto: Cortesia
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Alguns dos 1,2 mil trabalhadores dormiram em frente à sede do sindicato, no Engenho do Meio - Foto: Cortesia

Um desses trabalhadores é o soldador Moabe Vicente. Ele chegou de madrugada, mas até o fim da manhã ainda não havia sido atendido para homologar a demissão. "Eles nos demitiram na semana passada. Ficamos sabendo por WhatsApp. Ontem, ficamos sabendo que ia ter a homologação aqui, por WhatsApp. Eu cheguei, hoje, de 2h da madrugada, e estou aqui esperando", conta, que também está sem receber nenhuma parcela do 13º salário. 

Entenda

Desde o último dia 10, os 1,2 mil funcionários da Qualiman estão sem trabalhar. Isso ocorreu, porque a empreiteira rompeu um contrato com a Petrobras, alegando um prejuízo de R$ 104 milhões no contrato com a petrolífera. Enquanto isso, a estatal afirma que os débitos não chegam nem perto disso

Agora, a Petrobras tem um prazo de até 72 horas para fazer o pagamento de R$ 4,3 milhões em direitos trabalhistas aos ex-funcionários da Qualiman. A decisão foi proferida pelo juiz substituto da 2ª Vara do Trabalho de Ipojuca, Pedro Bargetzi Filho. Pela decisão judicial, o prazo de 72 horas para a estatal realizar o depósito começa a contar a partir da intimação. Se descumprir a determinação do juiz, a empresa terá que pagar uma multa diária de R$ 15 mil.

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