Na reta final das compras para o Natal 2018, o comércio do Recife vive um final de semana movimentado. Com horário estendido de funcionamento nos shoppings e abertura aos domingos das lojas de rua, os consumidores aproveitaram para ir às compras neste sábado (22). Na Conde da Boa Vista, um dos principais corredores de comércio da cidade, o cenário é de calçadas abarrotas de gente disputando espaço com os ambulantes, que parecem ter se multiplicado. No RioMar Shopping, que inaugurou dez lojas nesse fim de ano, o movimento parece confirmar a expectativa de crescimento de 12% de público e vendas.
Gerente da sapataria Di Santinni da Rua Nova, Klélio Nascimento diz que, historicamente, o último final de semana antes do Natal é sempre o mais movimentado e de maior volume de vendas. “O ano passado já apresentou um crescimento de 7%, superando o resultado dos anos de crise. Para este ano estamos esperando um desempenho muito melhor com uma projeção de 12%, enquanto para 2019 também estamos esperançosos com a mudança de governo e a expectativa de começo de um novo ciclo”, acredita.
Com sede no Rio de Janeiro, a Di Santinni mantém 15 lojas em Pernambuco. Para dar conta do aumento da demanda no período natalino, a rede de sapatarias mais que dobrou o número de funcionários. “Contratamos 50 temporários para complementar o atual quadro de 33 colaboradores fixos, somando 83 pessoas”, destaca o gerente.
Passado férias no Recife na casa da família, a recepcionista Andressa Santos, 25 anos, diz que foi mais comedida nas compras este ano. “Sempre compro itens de vestuário, mas este ano destinei R$ 300 para as despesas no Natal. No ano passado gastei cerca de R$ 450. Quero entender o que vai acontecer no próximo ano com a mudança de governo para avaliar como vai ficar o País. O desemprego ainda está muito alto, por isso prefiro gastar pouco”, afirma, dizendo que trabalha há 4 anos como recepcionista de um hospital em São Paulo.
RIOMAR
O RioMar Shopping, que investiu R$ 2,5 milhões na sua decoração natalina, aposta em um aumento de 12% na movimentação de clientes e nas vendas. Ontem o movimento foi grande com cenário de lojas cheias nos mais diversos segmentos, de vestuário a eletrodomésticos.
Nos anos de recessão e crise, o comércio foi impactado pelo efeito do desemprego que afetou o consumo. O Natal é a principal aposta para compensar as vendas num ano marcado por Copa do Mundo, greve dos caminhoneiros e eleições gerais.
