Mesmo com a redução de 8,16% do preço do gás de cozinha anunciado pela Petrobras nessa sexta-feira (02), na prática a queda ainda não chegou no bolso dos consumidores. Após ronda feita pela equipe de reportagem do Jornal do Commercio nesta segunda-feira (05), no Recife, não foi constatado baixa no preço médio do gás (entre R$ 55 e R$ 65). Revendedores explicam que o motivo da ausência de mudança nos preços é que o valor repassado pelas distribuidoras de gás continuam os mesmo.
Revendedor e um dos diretores do Sindicato dos revendedores de Gás de Pernambuco (Sinergás-PE), Victor de Carvalho disse que "até agora a distribuidora não passou nada. Não temos previsão se vai acontecer, ou quando vai ser a redução", comentou Victor.
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Fernanda Vasconcelos, também revendedora de gás, diz que ficou sabendo do reajuste através de um cliente. "Após receber a notícia, fui checar com a distribuidora, mas eles não me disseram nada sobre a efetivação", pontuou a revendedora
Compradores
Ainda assim os compradores continuam esperançosos com a possibilidade de baixa nos preços de revenda dos botijões. "Fiquei sabendo da redução, e acredito que é uma mudança necessária. Estávamos precisando", explicou a dona de casa, Andréa dos Santos. Da mesma forma, o comerciante Antônio Mendes diz estar empolgado com a notícia do reajuste, e afirmou "acho que vai baixar mais".
Abragas
Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás (Abragas) por meio de nota disse que se as distribuidoras não repassarem a redução aos revendedores, os consumidores não perceberão redução nos preços. Segundo a Abragas, somente as ações propostas pelo governo federal alterando esse modelo de monopólio que predomina no país, liberando o envase dos botijões que são de propriedade dos consumidores e a possibilidade de venda fracionada, mudará esse cenário para a revenda e consequentemente para os consumidores.