Economia Criativa

Fenearte recebe prêmio do Iphan após edição histórica em 2019

Prêmio Rodrigo Melo Franco seleciona projetos representativos para o Patrimônio Cultural de todo o País

Da editoria de economia
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Publicado em 03/09/2019 às 20:08
Foto: Leo Mota/JC Imagem
Prêmio Rodrigo Melo Franco seleciona projetos representativos para o Patrimônio Cultural de todo o País - FOTO: Foto: Leo Mota/JC Imagem
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A Feira Nacional de Artesanato – Fenearte venceu a 32ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco, na categoria “Iniciativas de Execução no Campo do Patrimônio Cultural Imaterial”. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (3) pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que promove a iniciativa. O prêmio seleciona projetos representativos para o Patrimônio Cultural de todo o País e já elegeu a Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco e o XII Festival de Bumba Meu Boi de Zabumba do Maranhão.

“A Fenearte, juntamente com o Centro de Artesanato de Pernambuco, entre outras iniciativas do Governo do Estado de Pernambuco, é, atualmente, a principal plataforma de geração de negócios do setor e consolida-se como o maior evento da
América Latina. A Feira tem como objetivo valorizar e difundir os saberes tradicionais, estimular o potencial de crescimento dos artesãos e artesãs, funcionando como importante elemento estruturador da Cadeia Produtiva do artesanato local”, observa Márcia Souto, coordenadora geral da Feira e diretora de Promoção do Artesanato e da Economia Criativa, da AD Diper, dizendo que recebeu a notícia do Prêmio com muito orgulho.

Em julho, a Fenearte comemorou a marca de 20 edições, tendo a ciranda como tema. A manifestação, aliás, está em fase de registro para se tornar Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco pelo Iphan. Em 2019, 64 artesãos estiveram presentes na Alameda dos Mestres e 70% dos artistas da feira eram do Estado.

Este ano a Fenearte aconteceu entre os dias 3 e 14 de julho, no pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda, e homenageou Mestre Baracho, falecido em 1988, Dona Duda e Lia de Itamaracá, Patrimônio Vivo de Pernambuco. Ao longo de doze dias, recebeu mais de 5 mil expositores distribuídos em 800 espaços em uma área de 30 mil m². Com investimento de R$ 5,5 milhões, o evento gerou em torno de 2,5 mil vagas de empregos temporários e superou as expectativas de movimentação financeira, atingindo um valor de R$ 45 milhões.

PRÊMIO

Promovido pelo Iphan, desde 1987, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade prestigia, em caráter nacional, as ações de preservação do patrimônio cultural brasileiro que, em razão da originalidade, vulto ou caráter exemplar, mereçam registro, divulgação e reconhecimento público. A premiação é oferecida, anualmente, a empresas, instituições e pessoas de todo o Brasil, e tem destacado, ao longo dos anos, a diversidade e a riqueza do Patrimônio Cultural Brasileiro (Material e Imaterial).

O nome do Prêmio é uma homenagem ao fundador do Iphan, para destacar as iniciativas que compartilham dos mesmos ideais. O advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade nasceu em 1898, em Belo Horizonte (MG). Redator-chefe e diretor da Revista do Brasil, Rodrigo iniciou a vida política como chefe de gabinete de Francisco Campos, atuando na equipe que integrou o Ministério da Educação e Saúde, durante o governo de Getúlio Vargas. Entre 1934 e 1945, período em que Gustavo Capanema era ministro da Educação, Rodrigo integrou o grupo formado por intelectuais e artistas herdeiros dos ideais da Semana de 1922, quando se tornou o maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil. Em 1937 fundou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Iphan, instituição que presidiu por 30 anos.

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