CONDOMÍNIOS

Você moraria em um prédio com vigia a quilômetros de distância? Veja como funciona o porteiro remoto

Evento que reúne empresas e síndicos acontece até este sábado (5) no Shopping RioMar

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 05/10/2019 às 8:16
Foto: Guga Matos/Acervo/JC Imagem
Evento que reúne empresas e síndicos acontece até este sábado (5) no Shopping RioMar - FOTO: Foto: Guga Matos/Acervo/JC Imagem
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Quem opta por morar em apartamentos quase sempre o faz pensando que terá mais segurança. Nem sempre é assim. Mesmo que se trate de um condomínio fechado, manter o local seguro quase sempre envolve gastos com funcionários (porteiros e vigilantes) e sistemas de seguranças que envolvem câmaras, sensores de presença e alarmes.

A segurança em prédios residenciais foi o principal tema abordado ontem (4) na 10ª Feira de Condomínios do Nordeste (Fesíndico), que acontece até este sábado (5) no Shopping RioMar. O mercado tem oferecido soluções inovadoras, como a portaria remota, que dispensa os porteiros tradicionais e os substituem por uma central de monitoramento 24 horas. O serviço reduz em até 50% os gastos mensais com portaria, e permite economia de cerca de R$70 mil por ano, isto num prédio de até 80 apartamentos que mantém quatro funcionários na portaria. A economia maior é nas despesas com pessoal que respondem por 60% das despesas de um condomínio.

As contas foram feitas pelo engenheiro de projetos Edoardo Costa, gerente comercial da Qualiport, empresa pioneira na prestação de serviços de portaria remota em Pernambuco. “Apesar do sistema oferecer mais segurança e grande economia ainda é difícil convencer síndicos e moradores a adotarem esta tecnologia. Mas já foi mais complicado”, revela Costa. “É cultural, os condôminos têm uma relação emocional com a presença física do porteiro e a suposta sensação de segurança que ele oferece. Mas um porteiro nada pode fazer, por exemplo, no caso de uma invasão de prédio onde ele é rendido”, diz Costa.

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Na portaria remota, as câmaras de vigilância são monitoradas por funcionários em uma central de operações que funciona 24 horas. São eles também que atendem o interfone da portaria e liberam (ou não) o acesso de visitantes e prestadores de serviço aos apartamentos, depois de consultar os moradores. Os residentes entram no condomínio utilizando biometria, tag de proximidade, ou aplicativo via R Code. “Quando montamos a empresa, em 2016, tínhamos apenas um cliente. Hoje, em 2019, são 28. O crescimento foi rápido mas ainda há um longo caminho a percorrer”, diz Costa. No Grande Recife são mais de 10 mil edifícios residenciais, segundo o Secovi-PE (Sindicato da Habitação).

Para quem ainda prefere o modelo tradicional, com porteiros gerenciando o acesso de pessoas ao condomínio, a saída é envolver todos (moradores, funcionários e síndicos) nos processos e rotinas de segurança do prédio. A orientação é do coronel PM Sérgio Viana, consultor de segurança e também palestrante da Fesíndico. O coronel afirmou ainda que os casos mais comuns envolvem invasão de prédios por pessoas de boa aparência, bem vestidas e que se passam por moradores. “Quando o porteiro não é bem treinado ou então se ocupa com tarefas que desviam sua atenção, este tipo de situação é mais fácil de ocorrer”, afirmou.

Para o coronel Viana, a receita para aumentar a segurança do condomínio é adequar as instalações físicas como portões e portarias com boa estrutura, câmeras e rádios de segurança, além de funcionários que sigam um protocolo de regras de acesso. Moradores com conhecimento do modelo de segurança implantado poderão observar se as normas estão sendo seguidas .

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