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Estados-membros da ONU criam plano com políticas de desenvolvimento sustentável

No Brasil, Pernambuco tem assumido um papel de protagonismo na articulação para discutir as mudanças do clima

Angela Belfort e Adriana Guarda
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Angela Belfort e Adriana Guarda
Publicado em 03/11/2019 às 12:11
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
No Brasil, Pernambuco tem assumido um papel de protagonismo na articulação para discutir as mudanças do clima - FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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O conceito de desenvolvimento sustentável não se encerra no cuidado com a natureza. Esse desenvolvimento precisa incluir as pessoas e a prosperidade. Em setembro de 2015, representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reuniram em Nova Iorque e reconheceram que a erradicação da pobreza e da extrema pobreza é o maior desafio global ao desenvolvimento sustentável. A partir dessa ideia foi criada a Agenda 2030, um plano com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos dentro dos limites do planeta.

“As mudanças climáticas impactam mais fortemente as populações mais vulneráveis, por isso a agenda não pode estar desconectada de gestão das cidades, mobilidade ativa, gerenciamento costeiro e semiárido”, observa a secretária executiva de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Inamara Mélo.

Em Sairé, no Agreste, a gestão municipal se empenha para implementar os ODS. O secretário de Administração e Planejamento, Wendes Oliveira, acabou de concluir um curso realizado pela Petrobras e PNUD sobre estratégia de territorialização e aceleração dos ODS. “A Agenda 2030 é um grande desafio, e uma oportunidade ao mesmo tempo, e o sucesso dela dependerá de políticas, programas de desenvolvimento e planos, os quais serão de responsabilidade dos países e guiados por eles. Desta forma, compreendemos que cabe ao poder público nas suas esferas decidir pela adesão e a forma com que irão trabalhar a implementação dos ODS”, acredita. Sairé é referência no tratamento de resíduos, reciclando mais de 70% do que é coletado.

Articulação

Pernambuco tem assumido um papel de protagonismo na articulação dos Estados para discutir as mudanças do clima. O Estado é vanguardista na criação de uma Política Estadual de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, que comemora uma década no próximo ano. Em 2011 também foi desenvolvido o Plano Estadual de Mudanças Climáticas. “Com a negativa do governo Federal de realizar a COP25 no Brasil, trouxemos para Pernambuco a realização da primeira Conferência Brasileira de Mudança do Clima, que acontece da próxima quarta (6) até sexta (8) no Recife, em parceira com o Instituto Ethos. Além disso, no dia 6, também vai acontecer o encontro dos governadores do Consórcio Nordeste e será realizada a Plenária Nacional das secretarias de meio ambiente”, adianta o secretário de Meio Ambiente, José Bertotti. A conferência terá, ainda, a apresentação inédita do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Estado (2015-2018), em formato de e-Book.

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