O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (18), no Recife, o seu Boletim Regional. Realizado há 14 anos, o levantamento traz dados e indicadores das cinco regiões no País, permitindo a comparação com o desempenho nacional. Os economistas Tulio Maciel e Fábio Silva foram os responsáveis pela apresentação local. O recorte do Nordeste mostra que a região vem retomando uma trajetória de crescimento após a recessão, mas bem mais lenta do que a média nacional.
Esse avanço a marcha lenta aparece em vários indicadores. No Índice de Atividade Econômica do BC, em 2019, o Nordeste aparece com crescimento modesto de 0,7%, enquanto o Norte avança 4,7%; o Centro-Oeste 2,5%; o Sul 2,1% e o Sudeste 2%. “Na série de 16 anos das contas regionais do IBGE, que vai de 2003 a 2019, o PIB do Nordeste cresceu acima da média durante 11 anos e ficou abaixo apenas em 5 anos. Mas o problema é que desses cinco anos abaixo da média nacional, dois são em 2018 e 2019, quando o Brasil já está saindo da crise”, destaca Tulio Maciel, reforçando a lentidão da retomada na região.
DESEMPREGO
Quando o tema é desemprego, mais uma vez a recuperação nordestina fica abaixo do País. De acordo com o resultado do quarto trimestre da Pnad Contínua, a região aparece com a maior taxa do Brasil (13,6%), enquanto a média nacional ficou em 11%. “Essa foi a primeira vez depois da crise que a desocupação teve uma queda mais consistente. No mesmo trimestre do ano passado, a taxa foi de 14,3%”, compara Maciel.
Em Pernambuco há uma tendência de acompanhamento da performance do Nordeste, com pioras para alguns indicadores, como o desemprego e melhora do PIB per capita e aumento da participação no PIB da região.
