A missa de sétimo dia de morte do soldador Paulo Ricardo Gomes da Silva foi marcada por muita emoção. Amigos e familiares aproveitaram a oportunidade para prestar as últimas homenagens a ele, em cerimônia celebrada pelo frei Abelardo, na Igreja Matriz do Pina, na Zona Sul do Recife, na noite desta quinta-feira. Paulo era torcedor do Sport, morto na última sexta-feira, após ser atingido na cabeça por um vaso sanitário arremessado do alto do estádio do Arruda.
Emocionada, a mãe de Paulo, Joelma Valdevino chegou a passar mal e não conseguiu dar declarações sobre a perda do filho. Quem falou foi o pai do torcedor, José Paulo Gomes. Ele comentou a prisão do terceiro suspeito do crime, Waldir Pessoa Firmo Júnior, que se entregou no início da noite de ontem. Além dele, já foram presos os outros dois suspeitos de envolvimento no crime, Luiz Cabral Neto e Everton Felipe Santana.
“Estou me sentindo mais confortável porque os assassinos foram presos. Mas a dor sempre vai ficar, uma vez que perdemos um filho dessa forma trágica. Nunca vamos nos esquecer disso”, disse.
Outro a falar foi o tio do rubro-negro. Tiago Valdevino afirma acreditar que a morte de Paulo possa ser um divisor de águas no futebol pernambucano.
“Nós não queríamos que isso acontecesse. Não era para ser necessário acontecer uma tragédia dessa, mas já que aconteceu, para nós, é satisfatório saber, quem sabe, que esse caso possa ser justamente um importante divisor de águas para a paz entre as torcidas. Nós lutamos por isso”, contou Tiago.
Quanto à possibilidade de entrar com processos na Justiça contra o Santa Cruz e outros órgãos competentes, ele mantém a cautela, mas afirma que é provável que aconteça.
“Nós vamos aguardar cautelosamente para que a gente não possa agir precipitadamente. Mas, com certeza, as ações vão ser movidas, mas aí os advogados são competentes para isso”, contou.