O Catar mostrou-se "disposto a ajudar" na organização da Copa Africana das Nações (CAN) de 2015, à procura de uma nova sede após a competição ter sido retirada do Marrocos, que havia pedido o adiamento do evento por conta temores ligados à epidemia de Ebola.
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Sede da Copa do Mundo de 2022, o país árabe ressaltou, porém, que não havia recebido um pedido oficial para receber o torneio.
"O Catar está disposto a fornecer toda ajuda que lhe for pedida oficialmente para acolher a CAN-2015", declarou num comunicado o xeque Hamad Ben Khalifa Ben Ahmed Al-Thani, presidente da Federação Catariana de Futebol.
Esta declaração é uma surpresa, já que, na véspera, seu vice-presidente tinha afirmado que uma candidatura do país para receber o evento "não fazia sentido".
A Confederação Africana de Futebol (CAF) confirmou na terça-feira que a CAN-2015 seria realizada dos dias 17 a 8 de fevereiro e retirou a sede do Marrocos, excluindo também a seleção do país da competição.
Desde outubro, o Marrocos tinha feito vários pedidos de adiamento, para evitar aglomerações de pessoas oriundas de países atingidos pelo vírus Ebola.
O presidente da federação catariana afirmou que a decisão de pedir ou não ao Catar de organizar o evento seria da CAF, "que todas as instâncias do futebol precisam apoiar".
Ele lembrou que o país já tinha organizado o Mundial Sub-20 em 1995, no lugar da Nigéria, que estava sendo atingido por uma epidemia de cólera.
De acordo com o jornal francês L´Équipe, o Catar pretende organizar a CAN "para testar suas competências" sete anos antes de sediar a Copa do Mundo.
Dentro do continente africano, os países mais cotados para receber o evento são o Angola e o Gabão, que sediaram o evento em 2010 e 2012.
Acostumado a ser usada como plano B, a África do Sul, que organizou a Copa do Mundo em 2010, disse em outubro que não estava preparado para sediar a CAN por motivos financeiros.
A epidemia de Ebola já deixou cerca de 5.000 mortos, a grande maioria no oeste do continente africano, na Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Nenhum caso foi registrado no Marrocos, que deveria ter recebido a CAN pela segunda vez de sua história.
Em dezembro, o país sediará o Mundial de clubes, com a participação do Real Madrid e do San Lorenzo, atual campeão da Copa das Libertadores.
