A Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou hoje (20) que investirá US$ 100 milhões no desenvolvimento do futebol no Brasil. Os recursos são do Fundo de Legado da Copa do Mundo de 2014 e serão direcionados para os 15 estados que não sediaram o mundial. A maior parte do montante (60%) será destinada para obras de infraestrutura e 30% para apoio de atletas em formação (categorias de base) e do futebol feminino.
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O primeiro projeto contemplado pelo fundo foi um centro de treinamento em Belém (PA). Foram construídos quatro campos de futebol (três artificiais e um com grama natural) no Centro Esportivo da Juventude, próximo ao Estádio Olímpico. Rondônia e Tocantis serão os próximos estados a receberem projetos com os recursos.
A Fifa já negocia a compra de terrenos para construção de centros de treinamento nesses estados. Estão previstos, ainda, projetos para conscientização, prevenção de doenças e benefício de comunidades carentes.
A aplicação do dinheiro será gerida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A Fifa, no entanto, participará dos processos de decisão dos projetos e acompanhará os investimentos. “No passado, seria possível usar os recursos sem aprovação da Fifa. Hoje, isto é impossível. Todo dinheiro repassado pela Fifa é submetido a regulamentações claras e acompanhado para ser usado da maneira correta”, destacou Jérôme Valcke, secretário-geral do órgão. Ele garantiu que a entidade tem mecanismos para controlar o uso dos recursos.
Valcke informou que os investimentos fazem parte do compromisso da Fifa com o desenvolvimento local. “Estamos trabalhando duro para cumprir o acordo de continuarmos presentes no Brasil, após a Copa do Mundo. Não ir embora, como disse parte da mídia. Isto não é verdade. A Fifa está comprometida em apoiar e desenvolver o futebol nos lugares onde organizamos nossos eventos”, acrescentou.
Secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes enfatizou a boa imagem passada pelo país com a organização do evento, além dos ganhos em infraestrutura, como melhoria dos aeroportos. “Na Copa do Mundo, o Brasil apresentou a imagem de um país eficiente, empreendedor, hospitaleiro e aberto. Isto é um legado que carregaremos daqui para frente e que potencializará os ganhos econômicos e sociais”.