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Mudança de regra no Brasileiro agrada os boleiros

Técnicos e atletas de clubes pernambucanos ficaram contentes com a implementação do Fair Play Trabalhista

Felipe Amorim
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Felipe Amorim
Publicado em 15/03/2015 às 9:27
Diego Nigro/JC Imagem
Técnicos e atletas de clubes pernambucanos ficaram contentes com a implementação do Fair Play Trabalhista - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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Entre os boleiros, a medida, numa forma geral, agradou em cheio. Principais beneficiados com o Fair Play Trabalhista, eles acreditam que a novidade é o primeiro passo para o início da moralização do futebol brasileiro.

No Náutico, o técnico Lisca é totalmente a favor. Segundo ele, será um processo que vai provocar uma mudança nos clubes, principalmente para planejar os seus orçamentos e não gastar mais do que arrecadam. “Os clubes terão de melhorar as suas gestões. É um grande desafio para esse ano. Assim, pode-se criar uma bola de neve de forma positiva, com os clubes cumprindo as suas obrigações. Acho que é forma de acabar de vez com a frase de Vampeta, que dizia ‘o Flamengo finge que me paga, e eu finjo que jogo’”, disse o técnico.

Para o técnico Eduardo Baptista, do Sport, o Fair Play trará outros benefícios, além do pagamento em dia. “Hoje, o futebol brasileiro vive um momento que aquilo que você ganha no escrito não é o que se recebe de fato, e isso não pode acontecer porque é um trabalho como outro qualquer. Por isso acredito que a medida possibilitará diminuir os altíssimos salários que são aplicados hoje em dia, com esses salários exorbitantes que os clubes não podem pagar. Aí times como Sport, que não tem um grande aporte financeiro, mas paga em dia, poderá competir de igual pra igual com os demais”, acredita.

O técnico alvirrubro, porém, não acredita que a medida se transformará num “jogo” de denúncia entre clubes com a finalidade de mudar as posições. “Não acho que a iniciativa de denunciar um adversário por atraso de salários será dos próprios clubes. Os jogadores irão tomar essa iniciativa”, opinou. Não se depender de alguns atletas, como o atacante Waldison, do Santa Cruz, que ficou em cima do muro quando abordado sobre o tema. “Isso é uma situação que foge de nós atletas. Eu, particularmente, não gosto de me envolver nessas coisas. É papel da diretoria resolver esses problemas. Não faz parte do meu perfil. Jogador tem que fazer o papel dele dentro de campo”, disse.

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