Eleições

Adversários de Blatter defendem necessidade de mudança na Fifa

A eleição à presidência da Fifa será realizada em 29 de maio, em Zurique, na Suíça

Da AFP
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Publicado em 23/03/2015 às 17:46
Foto: PHILIPPE DESMAZES / AFP
A eleição à presidência da Fifa será realizada em 29 de maio, em Zurique, na Suíça - FOTO: Foto: PHILIPPE DESMAZES / AFP
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Apesar do claro favoritismo de Joseph Blatter à reeleição ao cargo de presidente da Fifa, dois dos adversários do suíço nas urnas, Luis Figo e Michael van Praag, tentaram nesta segunda-feira defender a necessidade de mudanças de rumo na entidade que rege o futebol mundial.

Ambos os candidatos estiveram em Viena, na Áustria, para participar do congresso da União Europeia de Futebol (Uefa) e, de lá, defenderam seus argumentos e propostas, apesar da missão de tirar o atual presidente do comando da Fifa parecer quase impossível.

 

- Figo: Uma Copa do Mundo ampliada -

"Se nada mudar, então serão quatro anos perdidos em relação à transparência e modernização da Fifa", argumentou o ex-jogador português Luis Figo, vencedor da Bola de Ouro da Fifa de 2000.

"As opiniões das pessoas com quem me reuni durante a campanha são positivas. Agora, se dizem que querem ver uma mudança na entidade só por educação, o problema é delas. Às vezes, as pessoas têm medo de mudança e é preciso convencê-las que uma mudança será para o bem", completou.

Figo defende uma mudança no formato da Copa do Mundo, que, segundo o ex-jogador de Barcelona e Real Madrid, precisa ampliar o número de seleções participantes.

"É preciso abrir um debate no congresso da Fifa. Por exemplo, se aumentássemos o número de participantes para 40 (atualmente são 32), haveria mais interesse das equipes que não costumam se classificar e permitira aumentar a renda, que poderia ser reinvestida no futebol", explicou. No passado, Figo já chegou a defender uma Copa do Mundo com 48 seleções.

Entre as prioridades do português, estão também fomentar os mecanismos de consulta para a tomada de decisões na entidade e fortalecer uma oposição dentro da própria Fifa, o que serviria de controle do trabalho do presidente.

 

- Van Praag: só quatro anos -

Já Michael van Praag, presidente da Federação Holandesa de Futebol, defendeu sua experiência na gestão do futebol e garantiu que, caso for eleito, não permanecerá no cargo por mais de quatro anos (um mandato).

"Tenho experiência, fui presidente do Ajax e sou presidente da Federação Holandesa", argumentou Van Praag, ao enumerar as qualidades que o qualificam para comandar a Fifa.

"Só ficaria na Fifa, se eleito, por quatro anos", declarou o dirigente de 67 anos.

"Na Fifa, nunca se fala em corte de gastos. Eu proponho fazer isso. Também precisamos de mais democracia. Meu programa pode ser cumprido em quatro anos e eu não teria que me ocupar com campanha de reeleição nos últimos dois anos, já que só pretendo ficar um mandato", garantiu.

O atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, de 79 anos, aspira a um quinto mandato.

O último candidato ao cargo de presidente da entidade é o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, um dos atuais vice-presidentes da Fifa.

A eleição à presidência da Fifa será realizada em 29 de maio, em Zurique, na Suíça.

Na semana passada, Blatter falou das chances de ser reeleito e afirmou que os 40 anos de serviço na entidade servem de propaganda eleitoral.

"Minha propaganda é o trabalho que realizei em 40 anos de Fifa, 17 na presidência", sentenciou.

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