Empolgado com o ótimo desempenho do seu capitão com a seleção brasileira, Dunga afirmou neste sábado em Londres que Neymar já faz parte do primeiro escalão do futebol mundial, a tal ponto de, segundo o treinador, dividir o protagonismo com Messi no Barcelona.
"Se ele vem ocupando um lugar de tanto destaque no Barcelona, isso mostra que está fazendo um ótimo trabalho", elogiou o técnico em entrevista coletiva realizada na véspera do amistoso contra o Chile, marcado para este domingo, no Emirates Stadium.
"Por mais que Messi continue brilhando, todo mundo está de olho em Neymar no Barcelona. Antes, só se via Messi, agora, Neymar está aí também. Isso mostra toda sua importância", enfatizou.
O camisa 10 anotou oito gols em sete jogos sob o comando de Dunga, o último na quinta-feira, na vitória por 3 a 1 sobre a França, em pleno Stade de France. Aos 23 anos, o atacante já soma 43 gols com a camisa verde-amarela, igualando craques consagrados como Rivellino e Jairzinho.
Se continuar nesse ritmo, pode até ameaçar o recorde do Rei Pelé (77), mas Dunga tem outro objetivo em mente para o jovem craque.
"O recorde que queremos que ele quebre, é o número de títulos mundiais de Pelé (que conquistou o tri, em 1958, 1962 e 1970), vamos tentar ajudá-lo a fazer isso", despistou Dunga.
Uma missão complicada, quando se sabe que o Rei conquistou sua primeira Copa com apenas 17 anos, e jogava ao lado de outros grandes craques, o que é longe de ser o caso para Neymar.
Dunga confirmou que pretende fazer várias mudanças em relação à equipe que derrotou a França, para testar outros jogadores antes da convocação para a Copa América, e também para evitar o desgaste físico.
"Vamos mudar um pouco. Conversamos com o preparador físico, que disse que era preciso ter 72 horas de recuperação, e não foi o caso, por isso vamos ter que mexer", justificou o treinador, que deixou claro que será "difícil" convocar jogadores que nunca atuaram para a seleção para a competição continental.
O capitão do tetra descartou que o duelo deste domingo seja uma revanche das oitavas de final da última Copa do Mundo, na qual o Brasil garantiu a vaga no sufoco ao eliminar os chilenos nos pênaltis.
"Cada jogo tem sua história, e temos que jogar para ganhar. Será uma partida complicada, até porque o Chile deu trabalho na Copa, mas será outro ambiente", completou.
