Polêmica

EUA vão pedir colaboração do Brasil nas investigações sobre a Fifa

Escolha do Brasil como sede em 2014 não estaria no processo, segundo procurador americano

Do JC Online
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Publicado em 27/05/2015 às 16:22
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Escolha do Brasil como sede em 2014 não estaria no processo, segundo procurador americano - FOTO: Don Emmert/AFP
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NOVA IORQUE (Eua) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos vai pedir a colaboração das autoridades brasileiras nas investigações do suposto esquema de corrupção no futebol envolvendo a Fifa e executivos do setor.

O ex-presidente da CBF José Maria Marin, 83, e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos nesta quarta-feira (27) pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos. Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção.

Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, foram detidos, além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Eles participariam do congresso da Fifa e da eleição da entidade, que ocorre nesta sexta (29).

Em entrevista concedida na Corte do Brooklyn, em Nova York, o procurador Kelly Currie afirmou ainda que a Justiça americana também vai compartilhar informações com os brasileiros para que possam, caso desejem, iniciar suas próprias investigações.

Réu confesso, José Hawilla, 71, dono da Traffic Group, maior agência de marketing esportivo da América Latina, que tem os direitos de transmissão, patrocínio e promoção de campeonatos de futebol e jogadores, além de empresas de comunicação no Brasil, também é citado pela Justiça americana.

Argentino naturalizado brasileiro, José Margulies, conhecido como José Lazaro, é outro envolvido no caso. Ele intermediava contratos da Conmebol com emissoras de televisão e empresas de marketing esportivo.

Embora a escolha da África do Sul como país-sede da Copa do Mundo esteja sob escrutínio dos procuradores norte-americanos, a eleição do Brasil para sediar o evento em 2014 não faz parte do processo, segundo Currie.

"Não há conduta relacionada à escolha [do Brasil] em 2014 como parte deste processo", disse.

A secretária de Justiça e procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, ressaltou, no entanto, que as investigações estão apenas começando.

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