Críticas

Romário não poupa críticas a José Maria Marin e à corrupção no futebol

Senador pelo PSB, ex-jogador falou durante audiência pública realizada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte

Luana Ponsoni
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Luana Ponsoni
Publicado em 27/05/2015 às 11:56
AFP
Senador pelo PSB, ex-jogador falou durante audiência pública realizada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte - FOTO: AFP
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O senador Romário Faria (PSB) comentou, na manhã desta quarta-feira (27), a prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin junto com seis executivos da Fifa, ocorrida em Zurique, durante operação da polícia norte-americana. O ex-jogador tetracampeão mundial não poupou críticas ao cartola, à CBF e à própria Fifa. As duas entidades foram classificadas pelo político como as mais corruptas do futebol.

“Muitos dos corruptos e ladrões que fazem mal ao futebol foram presos. Inclusive um dos maiores do País, no que se refere ao esporte, que se chama José Maria Marin. E talvez o motivo de algumas pessoas que representam a CBF não estarem aqui foi para não passarem essa vergonha”, declarou Romário.

Para o senador, é uma pena que as prisões não tenham ocorrido no Brasil. “Infelizmente, não foi a nossa polícia que prendeu. Ladrão tem que ir para a cadeia. Parabenizo o FBI e especialmente a polícia suíça pela atitude. Espero que isso repercuta positivamente e que isso passe a ser aplicado na América do Sul e no Brasil, para a gente limpar do nosso futebol esses corruptos. Principalmente o Marco Polo Del Nero, que é o atual presidente da CBF”.

Romário comenta prisão de José Maria Marín (CBF) na Suíça

Autoridades da Suíça deram uma batida hoje em um ninho de ratos e prenderam várias autoridades do futebol mundial. Todos acusados de participar de um esquema de corrupção que já dura 20 anos e movimentou US$ 100 milhões. A ordem de prisão foi da polícia dos Estados Unidos, todos serão extraditados para o país americano. Muitos dos corruptos e ladrões que fazem mal ao futebol foram presos. Inclusive um dos maiores do país, que se chama José Maria Marin. Um dos ratos que venho denunciando há muito tempo. Esta foi a pessoa que ao lado da presidente Dilma recebeu chefes de Estado em plena Copa do Mundo do futebol. Essa operação poderia ter sido realizada aqui, já no ano passado, porque assim emendaríamos a vergonha dos campos com a vergonha da corrupção. Mas certamente o aparato de segurança aqui deve ter sido muito grande. Na Suíça, um país de primeiro mundo, em um hotel com vista para os Alpes Suíços, eles deveriam estar confortáveis e despreocupados. Infelizmente não foi a nossa polícia que prendeu, mas alguém tinha que fazer um dia. Então, parabéns ao FBI e a polícia Suíça.

Posted by Romário Faria on Quarta, 27 de maio de 2015

 

As declarações foram feitas durante audiência pública realizada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, presidida por Romário. O senador relacionou ainda a falta de recursos para o futebol feminino com a corrupção. “A CBF não investe no futebol feminino porque não dá lucro, não dá dinheiro. E onde não dá dinheiro, eles não podem roubar, não pode enriquecer ilicitamente, então, infelizmente eles não apoiam como tem que fazer”, observou.

Apesar da atuação situação do futebol, Romário se diz otimista. “Graças a Deus, o que se faz aqui se paga aqui também. Essa prisão de Marin já é o início de um grande futuro pro nosso futebol, especialmente pra essa entidade, que é a mais corrupta que nós temos no futebol aqui no país, CBF, e a mundial, que é a FIFA”.

A operação que prendeu Marin e outros seis dirigentes da FIFA ocorreu às vésperas da eleição da FIFA, para a qual o presidente da entidade, Joseph Blatter, se prepara para o seu quinto mandato. “Acredito que, com isso, alguma coisa se modifique, porque existe a expectativa, pelo menos minha, do Blatter também ser preso. E a gente consiga colocar como dirigentes pessoas que são dignas e que querem ver no comando do futebol pessoas que realmente caminhem como tem de caminhar”.

Segundo informação das autoridades suíças, Marin e outros seis presos na operação foram detidos e devem ser extraditados para os Estados Unidos. A procuradoria de Nova York faz a investigação. Os alvos são principalmente dirigentes da América do Sul e Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Carine (CONCACAF). 

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