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Presidente do Senado diz que renúncia de Blatter reforça CPI do Futebol

A CPI já foi criada oficialmente no Senado, mas precisa das indicações dos seus membros para começar a funcionar

Da Folhapress
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Publicado em 02/06/2015 às 18:03
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (2) que a renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, reforça a necessidade da instalação da CPI do Futebol no Congresso.

Renan afirmou que aguarda apenas a escolha dos membros da comissão parlamentar de inquérito pelos líderes dos partidos para que a CPI comece a funcionar no Senado.

"A CPI vai seguir o rito normal. Já fizemos a conferência das assinaturas, há fato determinado, os líderes vão indicar os nomes daqueles que participarão da comissão de inquérito. A renúncia é mais um fato que acontece no sentido da recomendação de que haja, sim, uma investigação", disse.

Diante do maior escândalo da história do futebol mundial, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou nesta terça que vai deixar o cargo, ocupado por ele há 17 anos, por não se sentir apoiado pelo mundo do futebol.

O suíço continuará à frente da entidade até que um novo pleito seja realizado -a previsão é que isso ocorra entre dezembro deste ano e março de 2016, de acordo com a Fifa.

A CPI já foi criada oficialmente no Senado, mas precisa das indicações dos seus membros para começar a funcionar. Autor do pedido de instalação da CPI, o senador Romário (PSB-RJ) articula nos bastidores para ser o relator da comissão de inquérito.

O ocupante do cargo é quem dita os rumos das investigações, depoimentos e elabora o relatório ao final dos trabalhos.

ROMÁRIO

O ex-jogador, campeão do mundo em 1994, ainda comemorou a saída do dirigente.

Para Romário, a renúncia de Blatter é a "melhor notícia dos últimos tempos" e representa o início de uma "nova era" para o futebol mundial. "Todos os gestores corruptos das confederações, mundo afora, sentirão sua queda como um tsunami. Espero, agora, que as águas desta grande onda sejam suficientes para varrer toda a corrupção liderada pela entidade maior do futebol", disse Romário.

Segundo o ex-jogador, a descoberta de um esquema de corrupção na Fifa, com a prisão de diversos dirigentes da entidade, foi a gota d´água para a renúncia do suíço.

"Ele não suportou uma semana de pressão. Sorte do futebol. A crise, neste momento, é mais do que bem-vinda. Temos uma ótima oportunidade de fazer uma limpeza efetiva no futebol em todo o mundo."

Romário disse ainda que a saída de Blatter abre uma "lacuna" que permita que a Fifa seja ocupada por dirigentes que não têm relação com o esquema de corrupção. O senador disse esperar que o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, siga o exemplo de Blatter e também deixe o cargo.

"Espero, sinceramente, que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também renuncie. Deus é grande e as palavras têm poder", disse Romário.

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