SANTIAGO - Derrota da Colômbia para a Venezuela, empate da Argentina de Messi com o Paraguai e vitória sofrida do Brasil sobre o Peru: ainda é cedo para falar em "Copa América das zebras", mas o fato é que os favoritos penaram nos primeiros cinco dias de competição. Depois de uma primeira rodada complicada para os 'medalhões', a segunda começou com duas surpresas: o empate em 3 a 3 do Chile com o time B do México e a primeira vitória da Bolívia na competição em 18 anos (3-2 sobre o Equador).
No papel, há uma diferença abissal entre as potências, que reúnem craques consagrados em grandes clubes europeus, e as seleções, em teoria, mais modestas. Em campo, porém, é outra história. Mesmo jogando em casa, o Chile de Alexis Sánchez (Arsenal), Arturo Vidal (Juventus) e Claudio Bravo (Barça) não conseguiu vencer na segunda-feira uma equipe mexicana que se apresentou sem suas principais estrelas.
'Chicharito' Hernandez (Real Madrid), Hector Herrera (Porto), Carlos Vela (Real Sociedad), foram poupados para a disputa da Copa Ouro da Concacaf, e os gols do México foram marcados por Raúl Jimenez, reserva do Atlético de Madri, e pelo veterano Matías Vuoso, que está sem clube.
Mais cedo, a Bolívia acabou com o longo jejum, mostrando que é capaz de vencer fora da altitude de La Paz. O último triunfo tinha sido em 1997, quando disputou o torneio em casa, e acabou perdendo para o Brasil na decisão. "Vi que gente tinha pouca fé no potencial da Bolívia, mas mostramos que, com trabalho, somos capazes de nos superar", afirmou o técnico Mauricio Soria. "Ganhar respeito é bom, mas ainda temos que continuar lutando", completou.