Em Santiago

Chile vence a Argentina nos pênaltis e é campeão da Copa América

Após empates no tempo normal e prorrogação, chilenos vencem por 4x1 e mantêm jejum de título argentino

Do JC Online
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Publicado em 04/07/2015 às 20:10
Martin Bernett/AFO
Após empates no tempo normal e prorrogação, chilenos vencem por 4x1 e mantêm jejum de título argentino - FOTO: Martin Bernett/AFO
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O Chile é o campeão da Copa América 2015 pela primeira vez em 99 anos do torneio. O título saiu em casa sobre a rival Argentina, nos pênaltis, por 4x1, após empates por 0x0 no tempo normal e prorrogação, na noite deste sábado (4/7), no Estádio Nacional, em Santiago.

Por outro lado, a Argentina continua a sua seca de títulos que completou 22 anos, neste sábado - em 1993, venceu a mesma Copa América com gols decisivos de Batistuta.

Nos pênaltis, Higuaín chutou para fora, e o goleiro Bravo defendeu a cobrança de Banega. O Chile converteu todas as suas cobranças, e Alexis Sánchez deu uma espécie de cavadinha na batida que definiu o título inédito para os donos da casa.

Quase inteiramente tomado de vermelho, com bandeiras do Chile balançando, o Estádio Nacional apoiou a seleção chilena durante toda a partida. Pequenos focos mais claros apoiavam a seleção argentina.

O favoritismo argentino foi dissipado logo no início do jogo. O técnico argentino Jorge Sampaoli armou a seleção chilena em um 3-4-1-2, com Aranguiz,  Vidal e Valdivia no meio de campo. Com marcação intensa na saída de bola  argentina e troca de passes rápida, o Chile passou a maior parte do primeiro tempo com o domínio da posse de bola. No entanto, esbarrou na limitação técnica dos atacantes Alexis Sánchez e Vargas.

A Argentina investiu em contra-ataques e jogadas individuais. Seus principais jogadores, como Messi e Pastore, tiveram atuações apagadas durante toda a partida. No primeiro tempo, os argentinos pararam em boas defesas de Bravo em duas ocasiões. Em uma delas, o goleiro chileno espalmou no reflexo uma cabeçada de Aguero na pequena área.

Aos 29 minutos do primeiro tempo, a Argentina perdeu um dos seus principais jogadores. O meia Di María sentiu dores na coxa direita e teve que sair de campo e dar lugar a Lavezzi.

No segundo tempo, a dinâmica foi mantida. Mais cansados, os chilenos apelaram às faltas para parar Messi e os contra-ataque rivais. Com o Chile hesitante no momento de finalizar e a Argentina sem posse de bola, os goleiros pouco trabalharam no segundo tempo.

Alexis Sánchez teve a chance de fazer o gol do título aos 37 minutos do segundo tempo, mas desperdiçou belo lançamento de Aránguiz e chutou para fora. Dez minutos depois, a Argentina perdeu chance ainda melhor em contra-ataque. De frente para o goleiro, Lavezzi passou para Higuain, que não conseguiu alcançar e
chutou a bola para fora com o gol vazio.

Com o empate, a partida foi para a prorrogação. Com os atletas extenuados, o ritmo da partida diminuiu, com algumas quedas e paradas devido a cãibras. Sem grandes oportunidades criadas nem gols marcados, a partida foi para os pênaltis.  Nas cobranças, as duas primeiras foram convertidas pelos batedores (Messi e Fernández). Vidal acertou seu pênalti, mas Higuaín chutou para fora. Aránguiz converteu a terceira cobrança chilena, e Bravo defendeu a batida de Banega. Com muita frieza, Alexis Sánchez bateu o último pênalti com um tipo de cavadinha e a
bola entrou lentamente para dar o inédito título aos chilenos.

CHILE: Bravo, Isla, Medel, Silva e Beausejour; Días, Aránguiz, Vidal e Valdivia (Matías Fernández); Vargas (Henríquez) e Sánchez. T.: Jorge Sampaoli. ARGENTINA: Romero, Zabaleta, Otamendi, Demichelis e Rojo; Mascherano, Biglia, Pastore (Banega) e Di María (Lavezzi); Messi e Agüero (Higuaín). T.: Gerardo Martino. Local: Nacional, em Santiago (CHI). Árbitro: Wilmar Roldán (COL). Cartões amarelos: Aránguiz, Silva, Medel e Díaz (CHI); Rojo, Mascherano e Banega (ARG).  Público: 45.693 presentes

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