A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Federal deu parecer positivo à consulta do deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) de assumir a presidência da CBF acumulando o cargo de parlamentar.
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Vicente é um dos cinco vice-presidentes da entidade que comanda o futebol no país, e o preferido de Marco Polo Del Nero, presidente, para assumir o comando caso precise se licenciar do cargo para se defender se for acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA no caso de corrupção no futebol, que estourou em maio de 2015.
O relator da consulta, o deputado Rubens Pereira Júnior (PC do B-MA), deu parecer favorável alegando que não há impeditivo de um deputado de assumir em cargo em empresa privada, como a CBF. A única ressalva foi a de que a confederação não feche contratos com pessoas jurídicas de direito público.
A CCJ aprovou com votos contrários dos deputados Tadeu Alencar (PSB-PE) e Marcos Rogério (PDT-RO).
O deputado Esperidião Amin (PP-SC) fez um voto separado -ele é contra porque o presidente da CBF tem um alto salário, o que tornaria incompatível, em sua visão, o acúmulo do cargo. Estima-se que a remuneração de quem comanda a CBF seja de R$ 150 mil.
Amin é do mesmo Estado que Delfim Peixoto, outro dos vices da CBF, que faz oposição a Del Nero e primeiro na linha sucessória caso o atual mandatário renuncie -se pedir licença, o presidente pode indicar o preferido, no caso Marcus Vicente.
Apesar do pedido de consulta de Vicente, Del Nero afirmou no fim da semana passada que não pretende se licenciar do cargo.