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Marin extraditado para os Estados Unidos

Graças a um acordo preestabelecido com o FBI, o brasileiro vai permanecer em prisão domiciliar

Do JC Online
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Publicado em 02/11/2015 às 20:10
AFP
Graças a um acordo preestabelecido com o FBI, o brasileiro vai permanecer em prisão domiciliar - FOTO: AFP
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José Maria Marin, o ex-presidente da CBF preso em Zurique-SUI, será extraditado nesta terça-feira (3) aos Estados Unidos depois de fechar um acordo com a Justiça norte-americana. Ao desembarcar em Nova York, o que deve ocorrer no meio da tarde desta terça, ele será levado diretamente para uma corte e passará algumas horas em uma delegacia. Graças a um acordo preestabelecido com o FBI, o brasileiro vai permanecer em prisão domiciliar, em seu apartamento na Quinta Avenida, na famosa cidade norte-americana. 

Marin foi o último entre os sete cartolas presos em maio a ter seu caso avaliado pelos suíços. Foi a negociação para sua prisão domiciliar que acabou atrasando uma definição sobre o brasileiro que, em junho, havia entrado com um recurso na Suíça para não ser extraditado. Enquanto isso, seus advogados se lançaram em um diálogo com o Departamento de Justiça para garantir que, em uma ida aos Estados Unidos, o ex-presidente da CBF receberia certos privilégios. Pelo entendimento, Marin continuará a se declarar inocente e o processo vai seguir seu trâmite durante 2016. Mas ele estaria aceitando “colaborar”com a investigação e colocando uma parte significativa de seus bens nas mãos da Justiça. 

Por enquanto, ele não teria obrigações de delatar ninguém. Mas a Justiça norte-americana garante que, assim que Marin desembarcar nos Estados Unidos, voltará a colocar o assunto sobre a mesa. Um dos focos da investigação é traçar o envolvimento de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, presidente e ex-mandatário da CBF, respectivamente, além de Kleber Leite, empresário que trabalha com marketing esportivo, nos casos de corrupção envolvendo a Fifa.

Aos advogados suíços, Marin não conseguiu negar que os fatos apontados no indiciamento são falsos. Em um primeiro encontro ainda na prisão no início de junho, o brasileiro se dizia inconformado com as acusações e o fato de estar preso. Mas na reunião seguinte, ao ser confrontado com o ato de acusação, mudou radicalmente de tom. Sua frustração teria sido com o comportamento de José Hawilla, empresário que o gravou pedindo propinas para a Copa do Brasil.

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