"Estamos criando um monstro no futebol brasileiro". A frase é do técnico Renê Simões, após a partida do Atlético-GO contra o Santos, no dia 15 de julho de 2010. Voltando para 2015, o comandante Simões acertou: Neymar é mesmo um monstro. Com a bola nos pés. Nesta segunda-feira (30), a Fifa divulgou os três concorrentes para o prêmio Bola de Ouro, e o brasileiro se junta as figurinhas carimbadas Lionel Messi, do Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. O melhor jogador do mundo será revelado no dia 11 de janeiro, em evento da gala na cidade de Zurique, na Suíça.
Mesmo sem vencer, Neymar já faz história. O jogador do Barcelona é o primeiro brasileiro a ficar entre os três melhores do mundo desde 2007, quando Kaká levou a Bola de Ouro. No panorama geral, o atacante é o sétimo representante do Brasil no pódio do prêmio. De 1994 para cá, já tivemos oito troféus da premiação individual: Romário (1994), Ronaldo (96, 97 e 2002), Rivaldo (99), Ronaldinho (2004 e 2005) e Kaká (2007). O brasileiro com mais indicações é o Fenômeno, com cinco.
Além de Neymar, outro brasileiro também pode comemorar as indicações da Fifa. Jogador do Vila Nova-GO, Wendell Lira é uma das boas surpresas da lista do Prêmio Puskas, que escolhe o gol mais bonito da temporada. Jogando pelo Goianésia, ainda no Campeonato Goiano, o atacante fez um belo tento de voleio, na vitória da sua equipe sobre o Atlético-GO. A concorrência é pesada: de um lado, Messi, com uma arrancada fenomenal e gol ante o Atlético de Bilbao, na final da Copa do Rei. Do outro, Alessandro Florenzi, da Roma, com golaço do meio de campo contra o Barcelona, na Liga dos Campeões.
Além dos dois brasileiros, a Fifa também divulgou os finalistas de outros três prêmios. Para melhor técnico, disputam o prêmio Luis Enrique (Barcelona), Pep Guardiola (Bayern de Munique) e Jorge Sampaoli (Chile). Já na Bola de Ouro para as mulheres, Carli Lloyd (Estados Unidos), Aya Miyama (Japão) e a Célia Sasic (Alemanha) serão as concorrentes. Por fim, Jill Ellis (Estados Unidos), Mark Sampson (País de Gales) e Norio Sasaki (Japão) duelam pelo título de melhor comandante no feminino.