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O meia Kaká, o último brasileiro a conquistar o prêmio de melhor do mundo da Fifa, em 2007, avaliou que a seca que viveu o País ao não ter colocado nenhum jogador nacional no topo da lista dos finalistas desde então deve "servir de alerta ao futebol brasileiro".
Na próxima segunda-feira (11), a Fifa entregará o prêmio e, pela primeira vez desde 2007, um brasileiro faz parte dos finalistas. Além dos favoritos Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, Neymar concorre ao prêmio máximo após ser decisivo nas conquistas dos títulos da Liga dos Campeões da Europa, do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei pelo Barcelona na última temporada.
Para a própria Fifa, "seca" de brasileiros entre 2007 e 2015 é "considerável". Em uma entrevista ao site oficial da entidade, Kaká reconhece que existe um problema. "É difícil identificar um só motivo para isso, mas deve servir de alerta ao futebol brasileiro", disse. Para ele, formar um jogador para ganhar a Bola de Ouro "não é uma tarefa fácil".
Na avaliação do jogador do Orlando City, Neymar "tem melhorado muito desde que foi jogar na Europa". "Seu jogo é muito mais maduro", afirmou. "Agora, é questão de tempo para que ele seja o primeiro", estimou.
Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo em 2007, em uma disputa que também contava com Cristiano Ronaldo e Messi entre os finalistas. Desde então, os craques de Portugal e da Argentina faturaram todos os prêmios da Fifa, o que o brasileiro considera justo, pelo talento de ambos.
"Sempre havia um revezamento entre os vencedores: Ronaldo e Zidane ganharam três vezes, mas sempre havia outro jogador; nomes como Figo, Ronaldinho, eu mesmo, Rivaldo, Cannavaro... Então veio essa sequência de Cristiano e Messi, apenas dois e é justo, pelo que vêm fazendo ano após ano", concluiu o meia, esperançoso que logo Neymar vai romper essa hegemonia.